1º teste do Fla no Maracanã tem acertos, mas vê aglomeração e até cambistas
A volta da torcida ao Maracanã, que aconteceu ontem (15), na vitória do Flamengo sobre Grêmio, pela Copa do Brasil, foi marcada por cuidados com o protocolo nos acessos ao estádio, mas deslizes nas arquibancadas. A Prefeitura do Rio de Janeiro tem o jogo como um dos eventos-testes para que possa começar a avançar na pauta.
No confronto com o Tricolor gaúcho, foi liberada a presença de 24.783 mil pessoas, cerca de 35% da capacidade total do Maracanã. A ideia das autoridades é que haja 50% da capacidade contra o Barcelona de Guayaquil, pela Libertadores. Nesta madrugada, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) derrubou a liminar que havia concedido ao Fla e vetou público até que o Conselho Técnico da CBF seja novamente realizado, no dia 28 de setembro.
Nas ruas nos arredores do Maracanã, diversas barreiras foram montadas para "filtrar" quem poderia ter acesso ao estádio. Só passava quem estivesse com a pulseira e o ingresso na mão — trocados anteriormente, mediante apresentação do comprovante de vacinação e teste negativo de covid-19.
Funcionários do Flamengo acompanharam esse trâmite de perto. Além de uma certificação quanto às regras do protocolo, havia também a intenção de passar orientações aos torcedores que chegassem apenas com o voucher. Momentos antes do jogo, a troca estava sendo realizada apenas no Sambódromo, na zona central da cidade, e em um shopping na Zona Norte, e muitos rubro-negros ainda não haviam efetivado tal burocracia.
Houve ainda diversos pedidos, via megafone, para que os torcedores se aproximassem das barreiras já com as entradas em mãos e seguissem usando máscaras, se atentassem ao distanciamento e evitassem aglomerações.
Nesse mesmo sentido, os placares eletrônicos divulgaram, em diversas oportunidades, mensagens pedindo respeito aos assentos marcados. Apesar dos informes e dos fiscais também na área interna, o que se viu nas arquibancadas, principalmente no Setor Norte, foram muitos torcedores com máscara no queixo — ou sem a peça —, desrespeitando o distanciamento social.
Agentes da Secretaria Municipal de Saúde realizaram vistorias tanto dentro quanto fora do estádio. Segundo o UOL Esporte apurou, há a expectativa de que um balanço do evento seja divulgado hoje (16) pelo órgão. Em uma postagem ainda durante a noite, Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, fez elogios ao clube.
Ingresso sobrando?
Um fato curioso é que, mesmo diante de tantos obstáculos, alguns cambistas ainda foram ao Maracanã em busca de tíquetes. O famoso "ingresso sobrando, eu compro" pôde ser ouvido algumas vezes, mesmo que de maneira tímida. Vale lembrar que os torcedores só poderiam retirar o ingresso mediante a colocação de uma pulseira, que não poderia ser retirada até o fim da partida.
Apesar de considerar a operação um sucesso, o Flamengo, diante do cenário do confronto e do alto custo, viu um número de torcedores muito aquém do permitido. Foram apenas 6.446 presentes, e 6.227 pagantes. Após o triunfo por 4 a 0 no jogo de ida, a vaga estava, praticamente, na mão do Rubro-Negro e, para ir ao jogo, somou-se o preço do ingresso — que variou de R$ 100 a R$ 900 — ao do teste obrigatório.
Ressalta-se também que, na próxima quarta-feira, o Fla terá o primeiro encontro com o Barcelona de Guayaquil pela semifinal da Libertadores, jogo que também terá a presença de público. Pelo aspecto do jogo, a expectativa é que a torcida compareça em maior peso.
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