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Luxa diz que árbitro prejudicou o Cruzeiro e cobra ação da diretoria na CBF

Luxemburgo fica na bronca com dono do apito no jogo do Cruzeiro contra o Operário - Bruno Haddad/Cruzeiro
Luxemburgo fica na bronca com dono do apito no jogo do Cruzeiro contra o Operário Imagem: Bruno Haddad/Cruzeiro

Do UOL, em Belo Horizonte

16/09/2021 22h54

Cruzeiro e Operário ficaram no 1 a 1 na Arena do Jacaré, na noite de hoje (16), pela 24ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, em dia de muita confusão nos minutos finais da partida por causa de um gol anulado da Raposa, então marcado por Marcelo Moreno. Expulso por reclamar durante o processo de análise do lance, o técnico Vanderlei Luxemburgo não poupou críticas ao árbitro Rodrigo Dalonso Ferreira, que com auxílio de Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro — o árbitro de vídeo —, cancelou o tento anotado aos 51 minutos do segundo tempo. A bola, na visão da arbitragem, teria tocado no braço do meio-campista Marco Antônio antes da assistência para o boliviano.

Luxemburgo disparou contra Dalonso e disse que o árbitro deveria ter chamado a responsabilidade, tendo em vista que, na opinião do treinador, o lance foi inconclusivo — se pegou ou não no braço de Marco Antônio.

"Se o lance é inconclusivo, o árbitro tem que chamar a responsabilidade para ele. Ele não tinha mais que consultar árbitro de vídeo, lance é inconclusivo e ele chama a responsabilidade para ele. Se o árbitro anulou o gol, está mais errado ainda, anulou o gol, está mais errado ainda, ele não pode participar disso daí se o lance é inconclusivo. Ficou mais errado ainda", criticou.

Rodrigo Dalonso trabalha como Árbitro de Vídeo e tem o distintivo da Fifa. Entretanto, o profissional sofreu punição neste ano por erros cometidos no Campeonato Catarinense. Na partida da oitava rodada entre Marcílio Dias e Criciúma, Dalonso deixou de marcar uma falta no lance originário de um gol de empate dos visitantes, além de não atuar em outros lances que geraram polêmica na ocasião.

"Eu me manifestei antes de começar o jogo, quando vi que era ele que apitaria a partida, porque tinha sido suspenso. Jogo de duas equipes que poderiam encostar na parte de cima da tabela, de Santa Catarina, VAR também de Santa Catarina [na verdade, do Rio Grande do Norte]. Vale mais o pessoal da arbitragem ter um pouco mais de sensibilidade para escalar o árbitro", questionou Luxemburgo.

"Se o cara vem de punição, isso ou aquilo, vai fazer o quê? Eu não posso fazer nada. Se a televisão está falando que o lance é inconclusivo, e parece que houve uma mudança, que se o jogador que participou da jogada inconclusiva, se ele fizesse o gol, até poderia ser anulado [o gol]. Mas se ele passa a bola para alguém, o lance é inconclusivo e o outro faz o gol, é gol. Isso aconteceu em palestras inclusive no próprio Cruzeiro com respeito a arbitragem. Além disso, o prejuízo, né, me expulsou, expulsou o Maurício Cupertino [auxiliar técnico]. Prejudica para frente, mas eu estou no futebol há muito tempo para entender as coisas antes do jogo, o que pode acontecer", completou.

Para Luxemburgo, o árbitro Rodrigo Dalonso prejudicou o Cruzeiro e que por isso os dirigentes do clube precisam reclamar na CBF. "Para ser bem claro, cabe a diretoria tomar qualquer tipo de decisão com respeito à arbitragem. Eu já falei o que tinha que falar, que o lance inconclusivo, que o árbitro não deveria dar por que ele é Fifa/VAR. Esse era um lance inconclusivo e a responsabilidade passa a ser dele dentro do campo de jogo. Quem que tem que tomar decisão são os dirigentes do clube. Eles que têm que ir à CBF, tem o [Leonardo] Gaciba [chefe de arbitragem], tem o pessoal lá, e mandar pegar o tape e ver o que aconteceu para ver se o árbitro foi bem ou mal. Agora, não sou eu que tenho que falar isso daí. Já não chega a minha expulsão? Cabe aos dirigentes falarem alguma a coisa a respeito disso daí", comentou.

Luxemburgo relatou ainda um conflito com o quarto árbitro — André Luiz Skettino Policarpo Bento — citando que o profissional "apontou o dedo na cara" do treinador.

"O duro é você correr atrás do prejuízo. Pênalti que ele deu, a bola já estava lá na frente e ele veio aqui atrás ver o lance, chamou o VAR, que chamou a responsabilidade dele, e ele deu o pênalti. Nós buscamos, buscamos, buscamos, tivemos chance. Só para se ter uma ideia, o número cinco fez três faltas seguidas no segundo tempo e já estava cartão amarelo no primeiro tempo. E falta para cartão amarelo, ele não deu [árbitro] e em seguida o treinador deles tirou inteligentemente o jogador número cinco, porque ele seria expulso de campo se repetisse a falta. Mas o árbitro tinha que esperar o que para tirar o jogador de campo, se s faltas eram para cartão amarelo. Para você ver o quanto de prejuízo ele trouxe para nós dentro do jogo", finalizou.

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