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Não foi a Anvisa que tirou a seleção da Argentina de campo, diz diretor

Do UOL, em São Paulo

18/09/2021 04h00

O jogo entre Brasil e Argentina pelas Eliminatórias Sul-Americanas foi interrompido nos primeiros minutos na Neo Química Arena com ação de um servidor da Anvisa para retirar de campo jogadores que não poderiam ter entrado no país por terem passagem pela Inglaterra menos de 14 dias antes da chegada e ainda responderam formulário informando que não estiveram no Reino Unido. Houve críticas à atuação da agência reguladora apontando uma suposta tentativa de promoção por parte da agência, o que o diretor Alex Campos nega.

Em entrevista a Mauro Cezar Pereira no programa Dividida, do Canal UOL, o diretor da Anvisa afirma que o episódio com a paralisação do jogo só ocorreu porque a situação chegou ao extremo após o descumprimento de quarentena no hotel por parte dos atletas Emiliano Buendia, Emiliano Martinez, Cristian Romero e Giovani Lo Celso, com ida a treinamento e ao estádio para o jogo quando não poderiam estar no país devido às restrições sanitárias.

Campos afirma que a decisão de abandono da partida foi tomada pelos argentinos e não por decisão da Anvisa, lamentando que o episódio tenha desencadeado todos os problemas com o cancelamento da partida, que agora aguarda definição da Fifa após as apresentações de defesas da CBF, da AFA e da Conmebol.

"A gente lamentou muito que o time da Argentina não acatasse o isolamento de jogadores e que, depois da intervenção, ter tirado o time de campo, porque todo mundo sabe que, se eles tiraram o time de campo, não foi por conta da decisão da Anvisa. Essa foi uma decisão das autoridades desportivas e do time argentino", afirma Alex Campos.

O diretor da Anvisa diz que, como torcedor, também estava aguardando pela partida e rebate as suposições de que a agência quis aparecer ao tentar impedir a presença dos quatro argentinos no estádio.

"De modo algum [quis aparecer], a Anvisa atua diariamente em portos e aeroportos em várias frentes. Aliás, para o [agente] Yunes sair do aeroporto lá de Guarulhos e ir para o campo de futebol, ele foi deslocado, a gente desfalcou o nosso trabalho lá, que é um dia difícil, um dia de domingo, de muitos incidentes e eventos de saúde que acontecem. Ninguém imaginou que iria terminar um dia de domingo [em um estádio]", afirma Campos.

"Eu sou amante de futebol, eu acompanho o seu trabalho, sou apaixonado por futebol, também estava na frente da TV esperando o jogo para assistir, como todo brasileiro faz normalmente em um clássico desse do futebol. Aliás, tudo o que a gente tem tentado evitar aqui, dadas as sensibilidades de tempos que nós enfrentamos, é holofote. Agora, como a gente está na linha de frente da pandemia, a todo momento a gente é convidado a prestar esclarecimentos", conclui

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