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Como Pochettino comprometeu continuidade no PSG em apenas 8 jogos

Lionel Messi olha para Mauricio Pochettino após ser substituído em PSG x Lyon - Jose Breton/Pics Action/NurPhoto via Getty Images
Lionel Messi olha para Mauricio Pochettino após ser substituído em PSG x Lyon Imagem: Jose Breton/Pics Action/NurPhoto via Getty Images

Flavio Latif

Do UOL, em São Paulo (SP)

22/09/2021 04h00

O técnico Mauricio Pochettino foi contratado pelo Paris Saint-Germain em janeiro para terminar a temporada passada e ser o comandante da equipe em 2021/22. Na última jornada, o time comandado por Neymar e Mbappé não conquistou o Campeonato Francês e caiu nas semifinais da Liga dos Campeões para o Manchester City. E, apostando alto nesta temporada, trouxe Lionel Messi, Sergio Ramos e outros reforços badalados.

No entanto, a expectativa criada em cima do time francês não foi correspondida até o momento. Apesar do 100% de aproveitamento no Campeonato Francês (seis vitórias em seis jogos), o PSG perdeu a Supercopa da França para o Lille e só empatou na estreia da Champions contra o Club Brugge, da Bélgica. O time levou oito gols (média de um por jogo) e tem demonstrado um futebol muito aquém do que todos esperavam.

O episódio que complicou ainda mais o técnico argentino ocorreu na partida do final de semana —vitória por 2 a 1 contra o Lyon, pelo Francês— quando Pochettino tirou Messi de campo aos 30 minutos do segundo tempo para a entrada de Hakimi, e o camisa 30 se recusou a apertar a mão do comandante.

A mídia francesa condenou a substituição do treinador e ressaltou que Lionel Messi estava fazendo uma partida superior à de Mbappé, por exemplo, que jogou os 90 minutos. Outro fator que joga contra Pochettino é Zinedine Zidane estar livre no mercado da bola.

O técnico francês deixou o Real Madrid após o final da última temporada e é uma sombra gigantesca para o treinador argentino. Não só pelo fato de ser ídolo na França, mas também por ser alguém que já conquistou a Liga dos Campeões três vezes e poderia dar esse título inédito ao PSG.

Toda partida para Pochettino será decisiva até que mostre resultados. Isso se deve à alta quantidade de jogadores que se queixam muito quando não atuam, como Donnarumma, Di María e Icardi, e atletas que se incomodam quando são substituídos, como Messi, Neymar e Mbappé.

A gestão de elenco do PSG é muito difícil, e o argentino precisa controlar essa guerra de ego e ainda apresentar resultados.

A equipe parisiense volta a campo hoje (22), às 16h (de Brasília), contra o Metz, no estádio Saint-Symphorien, pelo Campeonato Francês. O time lidera a competição com 18 pontos (6 jogos e 6 vitórias). Lionel Messi será desfalque após ter lesão no joelho detectada.