A primeira partida da semifinal da Libertadores entre Palmeiras e Atlético-MG terminou sem gols. Nesta terça-feira (21), no Allianz Parque, as duas equipes fizeram um jogo truncado e de raras chances reais de gol. Na melhor delas, Hulk desperdiçou uma cobrança de pênalti ao acertar a trave no primeiro tempo.
No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte - com os jornalistas Isabella Ayami, Renato Maurício Prado, Danilo Lavieri e Rodolfo Rodrigues - os comentaristas analisaram o primeiro duelo entre Verdão e Galo. Eles lamentaram o futebol pouco vistoso e, na visão de Renato, o time mineiro tem mais motivos para comemorar.
"O Palmeiras não conseguiu ganhar jogando em casa e vai ter que jogar fora contra um time que é mais forte. Em princípio, se eu fosse torcedor do Palmeiras, estaria muito preocupado. E se eu fosse do Atlético-MG, seria o contrário. Acho um resultado normal, embora reconheça que o Palmeiras pode, de repente, empatar com gols ou ganhar em um contra-ataque. Mas acho que o Atlético-MG sai mais favorito para ir à final depois desse jogo do que já era antes. Agora é super favorito", analisou o colunista.
Para Rodolfo, embora o duelo tenha decepcionado quem esperava por mais emoções, o resultado foi bom para os dois lados. "Palmeiras e Atlético fizeram um jogo muito aquém do esperado. O Palmeiras jogou fechado, retrancado dentro de casa e não buscou o gol. Jogou para não perder e levar a decisão para o jogo de volta, acreditando no ótimo retrospecto como visitante. O Atlético-MG buscou mais o resultado, com mais volume e posse de bola. Finalizou mais, embora não tenha criado grandes chances, e ainda perdeu o pênalti. O 0 a 0 acabou sendo bom para os dois. O Atlético-MG precisa de uma vitória simples e o Palmeiras, de um empate com gols. Esperamos uma partida com mais emoções", afirmou.
Já Lavieri apontou que, dentro do plano de Abel Ferreira, o Palmeiras deve se dar por satisfeito com o empate sem gols. "Ele fez uma estratégia pensando apenas em se defender, basicamente para ficar vivo para o segundo jogo. Por esse ponto de vista, deu certo. Mas não dá para o Palmeiras, no jogo em casa, não ter feito o goleiro adversário trabalhar. O Atlético-MG teve um pouco mais de volume, ficou mais no campo de ataque, mas também não foi nada daquilo que a gente esperava. Um bom resumo é: o Palmeiras só quis se defender e o Atlético-MG não soube atacar", comentou.
Renato mostrou-se inconformado com a postura extremamente defensiva do Palmeiras mesmo atuando no Allianz Parque. "Como é retranqueiro o Abel Ferreira! No jogo em que ele tinha que ganhar, em casa... Era hora de ganhar e depois se defender no Mineirão. Resolveu se defender em casa. E alguém acha que ele vai atacar no Mineirão? Estou achando que ele vai querer outro 0 a 0 para ir para mais uma decisão por pênaltis", destacou.
Rodrigues também acha que o estilo de jogo do Palmeiras de Abel pode não encher os olhos, mas tem se mostrado eficiente - e por isso não devemos esperar uma postura diferente na partida da proxima terça. "A estratégia dele é essa, de tentar resolver no segundo jogo e fazer o que sabe de melhor, jogando no contra-ataque. Conseguiu praticamente todos os resultados dessa forma fora de casa. É uma estratégia que ele tem e não é o caso de mudar isso agora, de botar um time ofensivo, ainda mais diante de um Atlético-MG com um poder de ataque muito forte", enfatizou.
Para quem achou a partida chata, Lavieri a viu sob outro prisma. "Entendo a frustração do torcedor e de quem gostaria de ter visto um jogo melhor, mas pensando mais objetivamente, o Palmeiras passou o jogo sem sofrer gols. Agora vai jogar contra um adversário que vai ser obrigado a sair e proporcionar ao Palmeiras, pelo menos em tese, o que ele sabe fazer melhor. De repente, não é tão legal para assistir, mas estrategicamente não foi tão ruim assim", completou.
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