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OPINIÃO

Lavieri: "Flamengo é bem favorito em uma final contra o Palmeiras"

Do UOL, em São Paulo

29/09/2021 12h00

A rivalidade entre Palmeiras e Flamengo tem boas chances de subir de nível. Consideradas como duas das equipes mais fortes do futebol brasileiro nos últimos anos, elas podem se encontrar em uma final histórica da Libertadores. O time alviverde já tem seu lugar garantido na decisão após eliminar o Atlético-MG nesta terça-feira (28), com um empate por 1 a 1 no Mineirão. O rubro-negro entra em campo nesta quarta (29) diante do Barcelona-EQU, em Guayaquil, com a vantagem de 2 a 0 obtida no Maracanã. A partida começa às 21h30 (horário de Brasília), com acompanhamento do Placar UOL.

No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte - com os jornalistas Luiza Oliveira, Renato Maurício Prado, Menon e Danilo Lavieri - os comentaristas falaram sobre uma possível final da Libertadores entre Palmeiras e Flamengo, os dois últimos campeões do torneio. Eles discutiram se há algum favoritismo, caso o Fla confirme sua classificação, e fizeram projeções para o eventual duelo.

"Desde 2017 o Flamengo não perde para o Palmeiras. Mas o Palmeiras consegue títulos em que o Flamengo cai antes. Esse histórico favorece os flamenguistas, mas o palmeirense se apega a esse monte de tabus que quebrou nesse ano, como eliminar o São Paulo pela primeira vez na Libertadores. Quem sabe possa ser essa a chance do Palmeiras contra o Fla. De fato, o Flamengo é bem favorito em uma final contra o Palmeiras", opinou Lavieri.

Menon acredita em um duelo equilibrado entre rubro-negros e alviverdes. "Vai ser o encontro de dois estilos diferentes. O Flamengo é um time que agrada mais de se ver. Acho que até o torcedor do Palmeiras concorda que ver um jogo do Flamengo é uma coisa bem bacana. O Palmeiras mostrou hoje [ontem] que é um adversário duríssimo. Dentro do seu estilo e do que o seu treinador prega, não tem ninguém favorito", apontou.

Renato ficou com a impressão que o Flamengo estava se preparando para um possível encontro com o Atlético-MG na decisão, o que justificaria a mudança no estilo de jogo da equipe em suas últimas partidas. "Achei que o Renato Gaúcho já estava preparando o Flamengo para enfrentar o Atlético-MG na final da Libertadores. O Fla está aos poucos abandonando aquela coisa da posse absoluta de bola, da marcação pós-perda no campo do adversário. Está passando a ser um jogo de transição rápida e um jogo de contra-ataque em determinados momentos. Contra o Atlético-MG, talvez fosse a tática ideal mesmo, porque o Galo certamente ia partir para cima. O Flamengo, mais fechado e com as linhas mais baixas, tria condições de explorar o contra-ataque. Contra o Palmeiras, já muda tudo", avaliou o colunista, prevendo novas alterações.

Para o colunista, o time da Gávea deve apostar em seu estilo anterior de jogo em contraponto ao futebol reativo adotado pelo alviverde. "O Palmeiras não vai dar contra-ataque para o Flamengo e não vai partir para cima. Talvez a gente volte a ver o Fla propondo o jogo, como chegou a fazer com o Renato Gaúcho. O primeiro tempo contra o Corinthians na Neo Química Arena [na vitória por 3 a 1] foi uma exibição do melhor nível de Jorge Jesus. Depois, ele começou a mudar um pouco isso. Se passar pelo Barcelona-EQU, estou curioso para ver como o Renato vai montar esse time", disse Renato.

Lavieri ressaltou que a recente série invicta do Fla contra o Verdão será um elemento importante de motivação em um eventual encontro na final. "No Rio de Janeiro, o Flamengo não tem mais rival já faz um tempo. O futebol é movido a rivalidade. É curioso como essa rivalidade acabou indo para o Palmeiras, que é o time que tem conseguido duelar com o Flamengo. Se analisarmos o histórico de um contra o outro, o Flamengo leva uma vantagem gigantesca", comentou.

Embora a decisão da Libertadores seja apenas em 27 de novembro no estádio Centenário, em Montevidéu (URU), Menon já vê Abel Ferreira focado nesta partida. "Vai ser um encontro de dois times que estão dominando. A partir de quinta-feira, o Abel já estará pensando em como marcar o Arrascaeta e não fazer o Everton Ribeiro jogar", concluiu, citando o lado estudioso do treinador palmeirense.