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OPINIÃO

Menon: “Por enquanto, eliminação da Libertadores não pesa para o Atlético"

Do UOL, em São Paulo

29/09/2021 04h00

Eliminado da Libertadores após o empate por 1 a 1 contra o Palmeiras, nesta terça-feira (28), no Mineirão, o Atlético-MG tem como missão principal se recuperar logo desta queda. Afinal, o time ainda está em duas frentes nesta temporada, com as semifinais da Copa do Brasil e a disputa do Brasileirão, no qual ocupa a liderança com uma vantagem de oito pontos para o próprio Palmeiras.

No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte - com os jornalistas Luiza Oliveira, Renato Maurício Prado, Menon e Danilo Lavieri - os comentaristas discutem os possíveis efeitos que esta eliminação pode trazer ao Galo. Para eles, embora a queda seja dolorida, não deve trazer grandes consequências.

"Ele entra como favorito em um duelo difícil na Copa do Brasil. Por enquanto, [a eliminação na Libertadores] não pesa, mas se diminuir a diferença no Brasileiro e se houver uma derrota inesperada aí começa uma pressão. Seria muito maior no Abel, já que ele foi eliminado pelo CRB na Copa do Brasil. Sobraria para ele o Brasileiro, com pouquíssimas chances", opinou Menon.

Para Danilo, a consequência mais imediata desta queda será sentida no bolso alvinegro. "A eliminação da Libertadores pesa especialmente no lado financeiro. Claro, sabemos que existem os mecenas colocando dinheiro no Atlético-MG, mas só a passagem para a final ganharia R$ 33 milhões. É muito dinheiro. Para um time como o Galo, é um projeto que depende do resultado, de títulos. Quando você perde R$ 33 milhões, é muito pesado para um orçamento no fim do ano", ressaltou o colunista.

Renato demonstrou preocupação com a forma como Cuca lidará com esta eliminação. "A cabeça dele é muito complicada. O Cuca é um cara que, com qualquer coisinha, já vê um complô contra ele. Esses próximos dias serão muito importantes para ver o que vai acontecer com o Atlético-MG. Se o Cuca entrar em uma paranoia de que tem gente querendo derrubá-lo, pode simplesmente aloprar. Se o Atlético-MG começar a perder, ele pode pedir demissão e ir embora. Mas também motivá-lo", apontou.

Menon não vê motivos para grandes preocupações no momento para o Galo. "A pressão vai surgir quando for a semifinal da Copa do Brasil contra o Fortaleza, um time muito bom montado pelo Vojvoda. O Atlético-MG tem que ganhar um título nesse ano, na cabeça da torcida e da diretoria. Está bem na frente no Brasileiro. Se o Flamengo ganhar os dois jogos que tem a menos ainda fica a cinco pontos", afirmou.

Danilo destacou como a torcida do Galo vê o Brasileirão com um olhar diferente dos outros clubes. "Fosse o Flamengo ou Palmeiras, o Brasileiro seria tratado como prêmio de consolação. O Atlético-MG é um pouco diferente. O título brasileiro não seria tratado assim até por essa longa fila. A liderança do Brasileirão é algo importante e o Atlético-MG vai precisar reagir bem para continuar lá na frente. O Palmeiras vai ficar mais concentrado na Libertadores, mas tem o Flamengo, que tem força para chegar nessas frentes. O segredo do Galo vai ser a reação rápida. O Cuca, como ele gosta de falar, vai 'fazer a água mexer' depois dessa eliminação. Essa semana será intensa", disse, lembrando que o Galo não conquista o título brasileiro desde 1971.

Para Renato, a campanha atleticana no Brasileirão compensa os efeitos do adeus à Libertadores. "O título brasileiro está muito bem encaminhado. O Palmeiras vai botar todo o foco dele na Libertadores. Assim como o Flamengo, caso se classifique para a final, e ainda tem a Copa do Brasil. O Brasileiro, para o Atlético-MG, ainda é um título muito importante. Se o Galo for campeão brasileiro, não haverá frustração nesta temporada, mesmo com a eliminação na Libertadores", finalizou.