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'Acho que fui eu a culpada', diz Milene sobre Ronald não jogar futebol

"Rainha das embaixadinhas" falou sobre a relação com o filho em entrevista ao "Podpah" - Reprodução/YouTube
"Rainha das embaixadinhas" falou sobre a relação com o filho em entrevista ao "Podpah" Imagem: Reprodução/YouTube

Do UOL, em São Paulo

29/09/2021 15h51

Conhecida como "Rainha das embaixadinhas", Milene Domingues mostrou que acredita ter influência no fato de o filho, Ronald, não seguir os passos dos pais profissionalmente —ele é fruto do relacionamento da ex-jogadora com Ronaldo.

Em entrevista ao "PodPah", a ex-esposa do Fenômeno disse que o filho, que hoje atua como DJ, acabou vivendo uma "overdose" de futebol durante a infância.

"Eu ia parar de jogar com 30 anos, já era mãe e não queria mais que ele ficasse viajando o tempo inteiro. Ele já estava chegando na fase de pré-adolescência, tinha de nove para dez anos, e eu queria que ele tivesse uma vida normal, tadinho. Acho que fui eu a culpada que ele não joga futebol. Era só futebol, futebol, futebol...", começou ela.

Milene detalhou ainda ao podcast parte de sua "dupla tarefa", conciliando a carreira de jogadora com o papel de mãe presente na vida de Ronald.

"Quando eu voltei a jogar, depois do nascimento dele, tanto na Itália quanto na Espanha o futebol não era tão desenvolvido. Eu já tinha me separado do pai dele e sempre quis cuidar do meu filho, não queria babá. Queria ser jogadora e mãe. Eu brincava que minha mochilinha era Ronald e chuteira. Ele era o mascote dos times. Às vezes, corria com ele nas costas. Ele respirou futebol a vida inteira", contou.

"Morava na Espanha e jogava na Itália"

A ex-jogadora ainda revelou uma fase curiosa de sua vida, ocorrida em 2002, quando o seu então ainda marido Ronaldo foi contratado pelo Real Madrid junto à Inter de Milão.

"Em 2002, eu jogava na Itália. O Brasil disputou a Copa e ganhou, o Ronaldo foi o melhor jogador e tal... aí, foi comprado pelo Real Madrid. Eu fiz toda a pré-temporada no Monza [time italiano], e quando fui jogar, meu marido foi contratado. Eu, como boa esposa, fui acompanhar", iniciou.

"Acabei indo para a Espanha, mas lá não podiam jogar estrangeiras, era uma lei que tinha lá. Aí, a gente conseguiu conversar com os clubes e com as federações, e eles falaram que mudariam a regra, mas só no ano seguinte, porque o campeonato estava em andamento. Eu não queria perder a forma física que já tinha retomado. Depois de ter sido mãe, queria continuar jogando."

Milene, então, encontrou uma solução inusitada para sanar o problema. "O que eu fiz? Morava na Espanha e jogava na Itália. E quem ia comigo? Meu filho. Eram duas horas de voo. Eu fui pro Rayo Vallecano treinar e todo fim de semana viajava para jogar na Itália", finalizou ao podcast.