Pelo segundo ano consecutivo, o Palmeiras está na final da Libertadores. Atual campeão do torneio, o Verdão garantiu presença na decisão ao empatar por 1 a 1 com o Atlético-MG no Mineirão, nesta terça-feira (28). O time alviverde aguarda a partida desta quarta (29) entre Barcelona-EQU e Flamengo para conhecer seu último adversário na competição.
No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte —com os jornalistas Luiza Oliveira, Renato Maurício Prado, Menon e Danilo Lavieri— os comentaristas analisaram a classificação do Palmeiras para a final da Libertadores. Embora tenham elogiado o time pelo feito, eles fizeram algumas ressalvas, principalmente pelo estilo de jogo exibido pela equipe.
"Tem uma coisa que me desagrada. Ganhou o antifutebol, que entra em campo para não tomar gol em vez de fazer. É válido, e não estou dizendo que é injusto. Para o meu gosto pessoal de futebol, porém, preferiria que tivesse passado o Atlético-MG", opinou Renato, a quem não agrada tanto o estilo de jogo defensivo do Palmeiras.
Para Menon, o Atlético-MG poderia ter feito uma exibição melhor —pelo menos sem insistir tanto em bolas cruzadas para a área. "O Palmeiras jogou um futebol feio e se classificou. Mas quais foram as soluções que o Cuca tentou para vencer esse futebol feio? Não fez muita coisa. Quando o Palmeiras fez o gol, virou um bombardeio. O que o Cuca fez, qualquer treinador faz. Não foi nada criativo. Se o Palmeiras foi o antifutebol, não podemos dizer que o Galo foi o representante de um grande futebol", avaliou.
Lavieri exaltou a estratégia do treinador palmeirense nas duas partidas. "Já no jogo de ida, falávamos que a estratégia do Palmeiras era anular todos os pontos do Atlético-MG. Aí vinham os críticos que não gostavam dessa ideia do Abel de apenas se defender e não tomar gol. O Palmeiras conseguiu segurar o Atlético-MG e é um mérito ter montado um esquema de jogo para isso. É importante percebermos que o Abel, na cabeça dele, não tinha time para jogar de igual para igual contra o Galo e não podia ir para a trocação", comentou.
Menon reconhece que o estilo de jogo do Palmeiras pode não encher os olhos, mas é eficiente. Além disso, para ele, o time mineiro não demonstrou qualidades suficientes para merecer a vaga. "Tem que dar parabéns para o Abel. Tem gente que não gosta do estilo dele, mas ele tem todos os méritos possíveis. Montou o time do jeito que quis, bem defensivamente, e está classificado para a final. Não vi o Atlético-MG ser o contraponto para isso. Tirando os primeiros quinze minutos do segundo tempo, foi bem burocrático. O Galo não fez um grande jogo", frisou o colunista.
Embora reconheça que o Verdão tenha condições de exibir um estilo de jogo mais vistoso, Lavieri destacou que o criticado defensivismo de Abel o levou a mais uma final de Libertadores. "O Palmeiras poderia exibir um futebol melhor, mas, muitas vezes, a gente vê times considerados mais fracos jogando fechadinho e conseguindo alguma coisa. O que assustou a maioria foi o Palmeiras se comportar como esse time, que não é favorito e fechou a casinha. É importante observar esse tipo de estratégia. Não existe um jeito certo de jogar futebol", apontou.
Já Renato se mostrou preocupado com as consequências que esse jeito retrancado de jogar pode trazer no futuro. "O Palmeiras cada vez mais se preocupa acima de tudo em não levar gols do que em fazer, como o próprio Abel deixou claro na entrevista antes do jogo, ao dizer que 'defesas ganham campeonatos e ataques ganham jogos'. Não é uma filosofia de futebol que eu aprecie, embora respeite. Em termos de futuro para o futebol brasileiro, acho que a vitória do Atlético-MG teria sido mais benéfica", concluiu.
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