RMP: Eu fico boquiaberto de dizerem que o Flamengo não tem técnico

O Flamengo confirmou sua classificação para a final da Libertadores ao vencer o Barcelona de Guayaquil no Equador por 2 a 0, com dois gols de Bruno Henrique, e o segundo impressionou pela forma como a jogada ocorreu, com a bola passando por todos os jogadores do time desde a saída com o goleiro Diego Alves em troca de passes até a chegada em velocidade do camisa 27 após passe de Everton Ribeiro.

No UOL News Esporte, Renato Maurício Prado ironiza as críticas ao técnico Renato Gaúcho e as suposições de que o Flamengo comandado por ele não tem um bom jogo coletivo, citando a eficiência do ataque rubro-negro.

"Eu fiquei muito impressionado mesmo, um time sem técnico, um time sem jogo coletivo, um time sem nada, eu não sei como é que esse time do Flamengo ganham eu não sei como é que ele fez 18 gols na fase de mata-mata, isso é um recorde absoluto, é o primeiro time que ganha todos os jogos na fase de mata-mata", diz o jornalista.

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"O Flamengo tem 32 gols marcados nessa Libertadores e o recorde feito pelo Palmeiras no ano passado é de 33 gols, ou seja, se o Flamengo marcar dois gols na final, ele será o time com o maior número de gols marcados na história da Libertadores", completa.

Renato Maurício Prado destaca que o Flamengo hoje tem diferentes maneiras de jogar e consegue de certa forma ser até mais objetivo que o de Jorge Jesus na construção das jogadas ofensivas.

"O Flamengo está alternando estilos de marcação para atrair o adversário e criar espaço, criar espaços para fazer gols lindos como fez ontem. O primeiro foi uma pintura e o segundo então com 12 passes, com todos os jogadores do time tocando na bola sem que nenhum jogador do Barcelona de Guayaquil chegasse perto dela. Então, eu realmente fico boquiaberto de dizer que o Flamengo não tem técnico", diz Renato.

"38 segundos de posse de bola absoluta, vertical, porque isso é uma diferença, o time do Jorge Jesus, que era excepcional, não estou dizendo que esse time do Flamengo é melhor do que o do Jorge Jesus, imagina, é uma blasfêmia, mas o time do Jorge Jesus muitas vezes era mais de toque lateral, ele imprensava o time adversário no seu próprio campo e ficava tocando até abrir o espaço. Esse time do Renato é diferente, esse time do Renato atrai um pouco mais o adversário, em compensação, o contra-ataque é muito mais vertical", conclui.