Camisa cinza do Atlético-MG deixa a desejar, analisa designer

Para a temporada atual do Atlético-MG, a Le Coq Sportif, fornecedora de uniformes do clube, lançou uma camisa cinza, que conta com um escudo retrô e os detalhes como as logomarcas dos patrocinadores em preto, uma ideia que, na análise do designer Glauco Diógenes, foi boa, mas que não se saiu bem na execução, apresentando falhas técnicas.

Em entrevista a Mauro Cezar Pereira no programa Dividida, do Canal UOL, o designer explica o motivo de não aprovar o modelo atleticano, considerando que a camisa não ficou à altura do clube, que é o atual líder do Campeonato Brasileiro e tem um time estrelado, com nomes como Hulk, Diego Costa e Nacho Fernandez.

"É uma camisa que do ponto de vista técnico deixa a desejar. Você também tem uma questão de contexto do Brasil muito específica quando está falando de aplicação de marca de patrocínio: s culturas muito diferentes do que acontece na Europa, então, às vezes, o patrocinador acaba impondo uma forma de você trabalhar com ele que inviabiliza esse tipo de produto. A ideia dessa camisa do Atlético-MG é uma interessante, é boa, porém, como tem acontecido com várias camisas do Atlético-MG nos último anos, peca na execução", afirma Glauco.

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O designer não poupa críticas, destacando a dificuldade na distribuição de elementos da camisa, assim como na aplicação dos patrocinadores, o que acaba comprometendo tecnicamente.

"Ela fica com algo que a gente se convencionou a chamar, eu sei que é uma palavra um pouco pesada, mas ela flerta com o tosco, por conta de você não conseguir harmonizar os elementos, embora utilize o escudo antigo do Galo, faça referência a essa questão ancestral e você tenha também a aplicação dos patrocínios de uma forma mais voltada para o que seria deixar essa monocromia, ela tem problemas técnico importantes, ela não fica nem nova e nem essa releitura do passado bem executada", explica.

"A própria modelagem da camisa não permite isso, o tipo de matéria-prima que é utilizado não permite isso, o tipo de aplicação e de aviamentos, que é o nome que se dá para esse tipo de solução, tanto para escudo, quanto para aplicação de patrocínio, não tem a mesma qualidade, tanto do ponto de vista de design, estrutura visual, proporção e também harmonia dos elementos, e aí realmente fica uma coisa meio bizarra e ruim para um clube que é tão potente e tão importante na história do futebol como é o Atlético-MG", conclui.

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