Cássio fala sobre planos de jogar pelo Corinthians até os 40 anos de idade

Amanhã (2), contra o Red Bull Bragantino, Cássio atingirá a marca de 550 jogos com a camisa do Corinthians e igualará a marca de Cláudio (o maior artilheiro da história do Alvinegro, com 305 gols) como o sétimo atleta que mais vezes atuou pelo Alvinegro.

Identificado com a torcida, figura de liderança dentro do elenco e respeitado também fora do clube do Parque São Jorge, Cássio voltou a dizer que apenas terá conhecimento de sua grandeza na história do Corinthians quando pendurar as luvas e ter o distanciamento histórico. O jogador falou sobre a figura de Ronaldo e citou outros ex-goleiros para exemplificar seu pensamento.

"Muitas vezes atingi metas que a assessoria de imprensa mefala e eu nem fazia ideia. Construí uma coisa bem bacana aqui. Posso até passaro Ronaldo, mas para mim ele sempre será o maior goleiro da história doCorinthians. Fico feliz porque não tenho vaidade. Já vi várias vezes ele falando bem de mim. Quem ganha é o Corinthians. Vários outros goleiros comoDida, Júlio César e Gilmar, ajudaram oclube a ter esse tamanho. Fico lisonjeado", concluiu o dono da camisa 12 do Corinthians.

Veja outros trechos abordados por Cássio na coletiva de imprensa:

Sobre planejamento de carreira

"Feliz com os números, a décima temporada pelo Coritnthians, atingindo metas e números. Lógico que com muito trabalho e dedicação. A gente não trabalha sozinho e no Corinthians muita gente me ajudou. É difícil falar sobre metas. É o maior clube do futebol brasileiro, só quem jogou aqui sabe o que é vestir essa torcida. Eu cheguei à décima temporada jogando ano a ano. Para goleiro, tenho muita coisa para dar ainda. Tenho em mente jogar até os 40 anos, me cuidando dentro e fora de campo, desempenho bom. Falar sobre o futuro é difícil, espero vestir o maior tempo possível a camisa do Corinthians. A gente olha para trás e vê o tanto que construiu. Me sinto feliz. Isso me motiva a querer mais, melhorar mais, bater marcas, bater recordes. Tenho muito respeito por todos e isso torna o Corinthians tão grande como é hoje. É um momento feliz que estou vivendo".

Sobre a promoção dos garotos da base nesta temporada

"Conforme você vai jogando, vai se adaptando. Sobre os meninos que desceram acho que eles podem estar aqui novamente. Quando estava na base, treinava com o profissional e descia para jogar. É imporatante jogar. Tínhamos meninos de 17 anos que subiram e jogam na base. Chegaram quatro jogadores com nível de seleção brasileira. Você vê o amadurecimento de todos. A chegada dos jogadores experientes ajuda a dar confiança. Temos um treinador que ajuda muito nesse sentido. É lógico que eles tem jogado, muitas vezes em posições que nem são a deles. Os garotos podem contar com a gente. Pode ter certeza que ficamos muito felizes com o desempenho deles. Quem ganha é o Corinthians. Fico feliz em ver os meninos resolvendo os jogos, ajudando lá atrás. É dedicação, treinamento e trabalho. Eu acompanho o sub-17, o sub-20, o feminino. Vi o título das meninas".

Sobre a chegada dos reforços

"Vestir a camisa do Corinthians me deixa feliz. Jogar em time de massa, time grande você muitas vezes consegue títulos. Fico muito feliz porque vimos a entrega dos jogadores que chegaram. Isso é muito legal, chegaram bem, dispostos a jogar e a ajudar. O Renato já conhecia um pouco mais. O Willian eu peguei ele na Seleção, o Giuliano também. Eles poderiam ter ido para outros clubes, mas optaram pelo Corinthians. Chegaram para ajudar e agregar. Eles são especiais, têm nível de seleção e optaram por vir para cá. Eu tenho uma proximidade maior dos goleiros por serem da minha posição".

Sobre jogo contra o Bragantino

"Um jogo muito difícil, o time do Bragantino é muito bom, conseguiu uma vaga para a final da Copa Sul-Americana. É um campo muito difícil, mas temos como objetivo subir na tabela e temos que ir lá e conquistar a vitória. Temos condições de fazer isso".

Sobre as redes sociais

"Creio que eu seja pouco ativo. Vejo muito pouco sobre o termômetro de torcida e essas coisas. Minha mulher sabe muito mais do que eu. A torcida do Corinthians é diferente. Peguei muitos jogos com a torcida do Corinthians, peguei fases ruins e nunca vi a torcida pegar no pé do jogador. Isso mostra o quanto que a torcida é diferente. Cada um tem o direito de ter a sua opinião, eu respeito todas. Converso com as pessoas sobre o que está acontecendo, mas não me apego muito ao que está acontecendo na rede social".

Sobre tamanho no Corinthians

"Até hoje não tenho noção. Vejo como uma coisa boa até para ter humildade e os pés no chão. Acho que isso ajuda a bater metas. Sempre penso ano a ano e estou na décima temporada. Continuo pensando assim. Muitas vezes atingi metas que a assessoria de imprensa me fala e eu nem fazia ideia. Construí uma coisa bem bacana aqui. Posso até passar o Ronaldo, mas para mim ele sempre será o maior goleiro da história do Corinthians. Fico feliz porque não tenho vaidade. Já vi várias vezes ele falando bem de mim. Quem ganha é o Corinthians. Vários outros goleiros como Dida, Júlio César e Gilmar, ajudaram o clube a ter esse tamanho. Fico lisonjeado".

Qual é o patamar do Corinthians?

"Chegaram quatro jogadores de nível de seleção e automaticamente a qualidade do elenco melhorou. Estamos em um ponto de classificação pela Libertadores. O Corinthians é um clube que não pode ser subestimado. A história mostra isso. Todo mundo tem evoluído, tem jogadores comprometidos, que agregam ao elenco. Temos que pensar jogo a jogo. Nossa próxima final é amanhã, vamos tentar fazer um grande jogo e conquistar o resultado".

Sobre o retorno do Paulinho

"Não cabe a mim responder. Quando esteve aqui fomos muito vitoriosos. Falo com ele como amigo, mas sobre essa parte de voltar não é comigo. Isso não é do meu perfil".

Sobre o manifesto assinado pelos clubes

"Foi conversado, eu estava presente. Não só eu como alguns outros atletas do Corinthians. Antes de acontecer, conversamos com a diretoria sobre isso. No meu ponto de vista tem que seguir como foi combinado. Não vejo isso somente por férias, mas por outra série de situações, como jogadores em fim de contrato. É complicado porque uma equipe pode ser prejudicada pelo calendário, mas todo ano isso acontece. Me recordo uma situação que aconteceu antes de começar o Campeonato Brasileiro e tivemos uma reunião com o pessoal da FPF. O Mauro Silva participou e discutimos a possibilidade de encurtarmos os dias de jogos. Foi um diálogo bem legal, teve a opinião de todo mundo. Equipes que poderiam ser prejudicadas aceitaram. Uma ou outra equipo pode ser prejudicada, mas minha opinião é de que o correto é terminar na data prevista".