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OPINIÃO

Só dinheiro? Colunistas explicam domínio brasileiro nas copas continentais

Flamengo, de Bruno Henrique e Renato Gaúcho, encara o Palmeiras na final da Libertadores - Marcelo Cortes/CRF
Flamengo, de Bruno Henrique e Renato Gaúcho, encara o Palmeiras na final da Libertadores Imagem: Marcelo Cortes/CRF

Colaboração para o UOL, em Santos (SP)

01/10/2021 11h47

Resumo da notícia

  • Colunistas do UOL tentam explicar o domínio brasileiro nos torneios continentais
  • Juca: "A mesma coisa que explica o domínio europeu no futebol mundial: a moeda"
  • Julio: "Dinheiro e presença. Diferenças orçamentárias dispensam grandes explicações"
  • Renato Maurício Prado: "Superioridade técnica gerada por superioridade econômica"

As finais dos dois torneios sul-americanos serão 100% brasileiras. Na Copa Libertadores, o Palmeiras encara o Flamengo no dia 27 de novembro; um pouco antes, no dia 20, pela Sul-Americana, o Athletico Paranaense enfrenta o Red Bull Bragantino. Os dois jogos acontecem em Montevidéu, no Uruguai.

Diante deste cenário, acionamos os colunistas do UOL Esporte para responder a seguinte pergunta: O que explica domínio brasileiro nos torneios continentais? Veja as respostas:

Mais dinheiro, boa gestão e consequente sucesso. A pandemia sangrou mais os vizinhos, por pior que tenha sido a administração da crise sanitária no Brasil.
ANDRÉ ROCHA

A mesma coisa que explica o domínio europeu no futebol mundial: a moeda. O melhor jogador do River Plate está no Galo, o melhor do Peñarol no Athletico, o melhor zagueiro paraguaio no Palmeiras e a Red Bull em Bragança.
JUCA KFOURI

Dinheiro e presença. Diferenças orçamentárias dispensam grandes explicações, é a presença é exagerada. São muitos clubes brasileiros nas competições, se dois ou três estiverem mal, sempre haverá outros dois ou três que estarão bem e serão ganhadores.
JULIO GOMES

Muito dinheiro potencializou nossa técnica, nosso trabalho árduo e disciplinado e a capacidade de reposição.
MENON

O maior poder aquisitivo de nossos times. Tanto que "roubamos" todas as joias que se destacam em países como Equador, Venezuela, Peru, Uruguai ou Chile. Já o futebol argentino sofre há tempos com um Boca "banguelo", que às vezes chega longe pela força da camisa, e com um River em decadência após bons anos de Marcelo Gallardo.
MILTON NEVES

Investimento maior, a já longa decadência dos times uruguaios, o fato de Boca e River não terem montado times melhores e, claro, a histórica qualidade dos jogadores brasileiros.
PERRONE

Dinheiro para contratar os melhores jogadores, dinheiro para desfalcar os adversários dos outros países, dinheiro para não precisar negociar todo atleta de mínimo destaque para Europa ou Estados Unidos. Enfim, dinheiro.
RAFAEL REIS

Superioridade técnica gerada por superioridade econômica. Simples assim.
RENATO MAURÍCIO PRADO

Os clubes brasileiros parecem ter aprendido a jogar os torneios sul-americanos. Estão todo ano nas disputadas, cada vez mais cascudos e acostumados com os percalços. Cada vez menos vemos eliminações para azarões do continente. E a parte financeira, claro, tem ajudado bastante.
RODOLFO RODRIGUES

Financeiramente o momento do futebol brasileiro é muito bom em comparação aos rivais continentais. Isso aumentou com a pandemia nas últimas duas temporadas. Basta ver os elencos de River e Boca em 2018/2019, e comparar com o de hoje. Por mais que não seja uma conta exata: mais dinheiro gera mais potencial técnico e consequentemente conquistas no futebol.
RODRIGO COUTINHO