'Humaniza, iguala e aproxima', filhas de Pelé falam sobre internação do Rei
"O que eu acho mais importante e legal [da situação], é que humaniza. Tem pessoas que estão passando por aquela mesma situação e que veem aquela pessoa, que é o ídolo inatingível, tá em uma situação igual e que ele tem um lado frágil, a fragilidade dele, né? Mostra a vulnerabilidade dele, iguala, aproxima mais."
A frase da filha de Pelé, Flávia Nascimento, resume o sentimento da família do ex-jogador após enfrentar 30 dias com o rei do futebol internado. Neste domingo, ela e a irmã Kely falaram ao Fantástico sobre como foi passar por toda essa situação.
Pelé ficou internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e voltou para casa na última quinta-feira após se recuperar de uma cirurgia para retirar um tumor no intestino. Kely fez questão de frisar como foi surpreendente a descoberta do tumor. "Isso (tumor) cresceu muito rápido, ele não deixou a saúde de lado. Ele fez, em 2020, a colonoscopia e, tudo bem, seis meses, um ano e meio depois apareceu, então foi muito rápido mesmo que apareceu".
Flávia também revelou um "combinado" bem humorado que ela fez com o pai e como ela e a irmã reagiram ao saber dos problemas de saúde de Pelé:
"A gente sabe que todo mundo vai morrer um dia, né? Só que quando você tem uma notícia dessas, é meio que a morte anunciada, né? O primeiro choque é: 'nossa, agora tem data, né?'. O que a gente fez, foi falar: "ok, isso é um problema, mas vamos tentar passar isso com leveza". Não somos diferentes de nenhuma das famílias, com problemas e alegrias, somos todos iguais. Eu combinei com ele já que ele tem que chegar aos 100 anos pra dar o chute no jogo do Santos XPTO, então falei: 'nada de graça, hein?'".
Já em casa, Pelé vai seguir fazendo quimioterapia. "Ele segue com o tratamento da quimio. A gente sabe que a quimio debilita, então, ele tem que estar forte e comendo. O fato de o meu pai não estar mais caminhando, isso influenciou no intestino, que influenciou na reconexão do intestino, por isso que demorou um pouquinho mais [para receber alta do hospital], normal de uma pessoa de idade, mas com umas questões pontuais", completou Flávia.
Kely, que registrou todos os momentos do Rei do futebol nas redes sociais, falou sobre o envolvimento de Pelé nessa "conversa" virtual com seus fãs:
"O Instagram dele mostra outra pessoa, mostra uma foto dele novo e diz: 'Logo logo vou jogar de novo'. Ele tava há 10 dias na UTI. Todo mundo sabe que não é assim. Ele não tá novo, ele não vai jogar de novo, a gente sabe que ele tá mal, que ele é um senhor, que não é uma coisa boa, mas também não é assim", disse Kely. "A primeira postagem foi de um FaceTime que eu fiz com ele e eu falei: 'Fla, vamos postar, vamos postar, porque ele é velhinho, ele tá doente, tá de cabelo branco, mas não está morrendo'", recordou em tom leve.
A partir daí, as pessoas puderam acompanhar o dia a dia da recuperação do rei. Kely registrou o pai fazendo exercício, cantando, jogando cartas e até dando uma "incrementada" no visual com uma pintura no cabelo.
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