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Rodrigo Caetano, do Atlético-MG, não tem WhatsApp. Saiba como ele se vira

Rodrigo Caetano chegou ao Atlético-MG para traçar as metas e planejamento da temporada 2021 - Pedro Souza/Atlético-MG
Rodrigo Caetano chegou ao Atlético-MG para traçar as metas e planejamento da temporada 2021 Imagem: Pedro Souza/Atlético-MG

Igor Siqueira

Do UOL, no Rio de Janeiro

05/10/2021 09h23

O colapso global do WhatsApp que foi assunto ontem (4) passou longe de ser um problema para alguns personagens do futebol brasileiro. Mesmo com a popularidade da ferramenta, há quem a considera dispensável. É o caso de Rodrigo Caetano, executivo de futebol do Atlético-MG.

Nos bastidores da bola, o dirigente se notabiliza por jamais ter aberto uma conta no aplicativo de mensagens. Isso chama a atenção pelo cargo estratégico que ele tem, sendo responsável por conduzir negociações visando à contratação de jogadores. Independentemente se a janela está aberta ou não, o jeito é trocar essa ferramenta, que parece ter se tornado básica, por outros caminhos que até já foram opções naturais, mas se tornam incomuns.

"Eu tenho SMS, troco mensagem, ligo, recebo ligação, tenho e-mail do clube...", enumera Rodrigo Caetano, que explica a razão por não ter o aplicativo:

"Eu não sou contra o WhatsApp. Mas é a consequência. O motivo pelo qual eu não uso é a preservação do número. Não quero cair em grupo, receber um tanto de mensagem indesejada".

Caetano conta que ouve algumas piadas, mas sabe, por exemplo, que Anderson Barros, diretor de futebol do Palmeiras, também não aderiu ao WhatsApp. Barros recorre a ligações ou ao SMS.

Rodrigo Caetano afirma que não sente falta e que só soube dos problemas com o WhatsApp porque o assunto se espalhou no clube. Mas não pense que o dirigente do Atlético-MG se esquiva completamente de uma troca instantânea de mensagem. Ele recorre a outro app: o iMessage, disponível exclusivamente para o sistema iOS. Além disso, no contexto corporativo, o Galo tem outro caminho de comunicação interna.

"Quando eu preciso, a mensagem chega para eles [jogadores]. E não necessariamente com intermediários. Ligo, faço reunião. Temos outros aplicativos. Temos uma aqui dentro do clube que é o Bitscore. É a comunicação de todas as áreas do departamento de futebol, inclusive programações", explicou Caetano.

Quem já foi chefe do executivo de futebol não nega que a situação é peculiar frente ao contexto atual. Mas o ex-presidente do Internacional, Marcelo Medeiros, por exemplo, diz que jamais ficou sem conseguir contato com Caetano.

"Rodrigo funciona por mensagem e atende telefone, o que é uma coisa maluca. Tive muito vice-presidente que só ligava de volta, quando podia. Ele não deixa assunto para depois. A ausência do WhatsApp nunca prejudicou nossa comunicação", contou ao UOL o ex-dirigente colorado, revelando ainda uma faceta de Caetano:

"Ele é muito organizado. Tem um caderno no qual escreve, com uma letra de professor, a pauta do dia, as tarefas da semana. Ele é metódico. Você faz a reunião e ele anota tudo".

Independentemente do aplicativo, na pauta de Rodrigo Caetano e do Atlético-MG está a recuperação da moral após a eliminação na Libertadores para manter o ritmo na liderança do Campeonato Brasileiro, sem também deixar de lado a Copa do Brasil - o Galo é semifinalista.

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