Gestão atual do Cruzeiro é 'fábrica de moer' técnico e diretor de futebol
O Cruzeiro vive desde 2019 calvário que parece não ter fim, e não só pela grave situação financeira do clube, que caminha para o terceiro ano consecutivo na Série B do Brasileiro. A dívida quase bilionária também aumenta por decisões erradas tomadas pela atual diretoria, que em menos de dois anos vai em busca do quarto executivo para o futebol — após a demissão de Rodrigo Pastana, que ficou menos de quatro meses no cargo.
Pastana foi o quarto diretor de futebol a trabalhar na gestão de Sérgio Santos Rodrigues, mas o terceiro contratado pelo atual presidente. De março a outubro de 2020, quem respondia pelo departamento era Ricardo Drubscky, que já estava no Cruzeiro quando o atual presidente assumiu. Depois, Deivid, André Mazzuco e Rodrigo Pastana passaram pelo cargo.
As trocas no departamento de futebol
A primeira troca de diretor promovida por Sérgio Santos Rodrigues aconteceu em outubro do ano passado, quando Deivid assumiu o departamento de futebol na vaga de Drubscky. E ele sequer teve tempo de esquentar o lugar, já que em dezembro chegou para assumir a função o ex-Vasco André Mazzuco, outro que também pouco tempo ficou na Toca II. Em maio de 2021, Mazucco pediu demissão para acertar com o Santos. Foi aí que Rodrigo Pastana logo depois chegou ao Cruzeiro.
Com o cargo de diretor de futebol vago agora o Cruzeiro vai em busca de um novo profissional para assumir a função. O nome de Alexandre Mattos é o preferido de investidores do clube, como o mecenas Pedro Lourenço, dono da rede Supermercados BH. No entanto, para esta temporada a chegada de Mattos fica inviabilizada, também, por compromissos particulares que o executivo tem nos Estados Unidos.
Em vídeo gravado pela TV Cruzeiro, o técnico Vanderlei Luxemburgo anunciou que até o fim do ano o clube não contratará mais um diretor de futebol.
"Com a saída do Pastana, não vamos trazer ninguém. Vamos trabalhar com os profissionais que são competentes aqui, ajudando a gente. Vamos manter a mesma sequência, mas não vamos trazer ninguém. Tem o pessoal aqui que dá conta das coisas. Vamos acreditar nesse pessoal", afirmou Luxemburgo.
Permanência de Luxa
O próprio Luxemburgo pode ser um divisor de águas neste ano no comando do Cruzeiro. O treinador, que em um primeiro momento não havia dado certeza sobre sua permanência no clube, mudou o discurso e já admite querer ficar. A depender, claro, do "projeto". O que seria positivo para o atual elenco — pela experiência do técnico e o planejamento visando o ano que vem — e, também, para a diretoria, que não precisaria buscar um novo "professor".
"Já falei que quero continuar. O presidente e o patrocinador querem que eu continue. Estamos bem encaminhados nisso. Falta apenas colocar o projeto que queremos colocar. Queremos, para o ano que vem, começar a pensar em projeto", afirmou.
Técnicos também viveram berlinda
Se Luxemburgo realmente ficar, a atual diretoria evita o que aconteceu no ano passado, já que terminou o calendário de 2020 — temporada se esticou por 2021 — com três treinadores e um interino.
Não bastassem as trocas meteóricas no departamento de futebol, os atuais administradores da Raposa já estão no quinto treinador — além do interino [Célio Lúcio] que dirigiu a equipe na reta final da temporada passada. Trabalharam na gestão Sérgio Santos Rodrigues, contratados pelo próprio presidente, Ney Franco, Luiz Felipe Scolari, Felipe Conceição, Mozart e Luxemburgo.
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