Globo prioriza futebol nacional e tem Libertadores no radar, diz executivo
Com a paralisação do futebol devido à pandemia, o Grupo Globo rescindiu o contrato com a Conmebol pelos direitos da Copa Libertadores e ficou apenas com as competições nacionais, Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil, além dos estaduais, nos direitos de transmissão. Com isso, o SBT assumiu os direitos do torneio mais importante da América do Sul e mais recentemente fechou também acordo para exibir a Liga dos Campeões.
Em entrevista a Mauro Cezar Pereira no programa Dividida, do Canal UOL, Fernando Manuel Pinto, diretor de Aquisição de Direitos Esportivos do Grupo Globo, explica que a empresa prioriza hoje o investimento na transmissão do futebol nacional, mas ressalta que a Libertadores segue no radar, embora com questões no campo jurídico devido ao rompimento.
"A Libertadores é um produto que sempre interessou e sempre interessará à Globo, a Globo não deixou de renovar um direito de Libertadores, houve um episódio muito marcante, não apenas para a mídia, para o Brasil, acho que para o mundo todo, com o impacto muito severo ano passado, a questão da pandemia, esse contrato que teria vigência da Globo com a Conmebol até 2022 foi rescindido e, enfim, eu acho que esse é o quadro sobre a Libertadores", explica o executivo.
"O futuro da Libertadores na Globo eu acho que depende de diversos aspectos, que em muitos casos aqui eu até preciso pedir a compreensão, como é um tema que evoluiu em uma rescisão, que passa por uma avaliação jurídica do tema, é lógico que há uma confidencialidade em respeito tanto ao processo quanto às partes envolvidas, mas reafirmo, a Libertadores é um produto logicamente dentro do radar, do interesse da Globo", completa.
Já em relação à Liga dos Campeões, Fernando Manuel afirma que a emissora avaliou e considerou diversos aspectos ao não adquirir os direitos, além de ressaltar a prioridade dada ao futebol nacional, inclusive com a compra de direitos de clubes que tinham contrato com a Turner, grupo americano que já anunciou que não exibirá o Campeonato Brasileiro a partir de 2022, o que abriu o caminho para acordos que foram anunciados hoje com Ceará, Coritiba, Fortaleza, Juventude e Santos até 2024.
"Sobre a Liga dos Campeões da Europa, a Globo, assim como qualquer outro player do mercado, tenho certeza, precisam orientar os negócios com o viés da eficiência, do resultado, da sustentabilidade e isso leva a decisões sobre opções. O que fazer, o que comprar, até onde podemos chegar e a Globo tem, e isso eu vejo que deveria, caberia a todos nós reconhecermos como algo valioso, a Globo tem priorizado o investimento no futebol nacional", afirma Fernando Manuel.
"Em relação aos direitos de TV fechada devolvidos pela Turner aos clubes e isso significa um investimento da Globo, na verdade é levar um investimento na competição nacional, no Campeonato Brasileiro, mesmo já tendo acesso a boa parte desses jogos na TV aberta, no pay-per-view e ainda assim há uma visão de investimento e de envolvimento com o futebol que a Globo está tomando de um investimento no Campeonato Brasileiro", completa.
De acordo com o executivo, a Globo segue atenta em relação aos direitos de competições internacionais, mas a estratégia adotada hoje visa o alcance do futebol brasileiro.
"Em outras situações, buscamos direitos, não houve o que eu chamo de encaixe entre expectativas e possibilidades, faz parte, e acordos não foram fechados, mas a Globo tem total respeito, total atenção a esse mercado também dos direitos das competições internacionais, mas neste momento temos feito uma opção estratégica de abraçar, de seguir investindo de forma mais concentrada no futebol brasileiro", conclui.
O Dividida vai ao ar às quintas-feiras, às 14h, sempre com transmissão em vídeo pela home do UOL e no canal do UOL Esporte no Youtube. Você também pode ouvir o Dividida no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts e Amazon Music.
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