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Pássaro diz que Daniel Alves 'não era impagável': 'Foi questão de escolha'

O ex-dirigente do São Paulo defende que o clube tinha condições de saldar a dívida com o lateral - Erico Leonan/São Paulo FC
O ex-dirigente do São Paulo defende que o clube tinha condições de saldar a dívida com o lateral Imagem: Erico Leonan/São Paulo FC

Do UOL, em São Paulo

07/10/2021 12h23

Alexandre Pássaro, ex-executivo do São Paulo, acredita que a dívida do clube com Daniel Alves "foi questão de escolha". O dirigente esteve no podcast 'Rolou o Melão' da ESPN e exemplificou porque a rescisão conturbada entre o lateral e a equipe paulista poderia ter sido tratada de outra forma.

Pássaro, que estava no São Paulo quando a negociação com Dani Alves foi fechada, declarou que a contração foi uninanime entre a alta cúpula são-paulina: "Falando de trás para frente: a contração foi unanimidade entre todos. Inclusive entre o atual presidente do São Paulo, o Julio Casares, que à época era do conselho de administração do clube, que aprovava contas, e não reprovou o contrato".

"Vamos pegar, por exemplo, o Orejuela no São Paulo. Ali no começo do ano, quando a dívida estava entre R$ 10 ou 12 [milhões] e que o São Paulo não pagou o Daniel Alves, ele pagou à vista no Orejuela R$ 13 milhões. Você assina um contrato de cinco anos, com um salário médio de R$ 450 mil. Então estamos falando a grosso modo de R$ 30 milhões, mais os R$ 13 milhões, mais comissão, deu R$ 50 milhões. E o custo do Daniel, se não me engano, era em torno de R$ 60 ou 65 milhões. Então foi uma questão de escolha", disse o dirigente.

Pássaro ainda alegou que existem outros jogadores mais caros no futebol brasileiro, inclusive dentro do São Paulo, "então essa história de que o Daniel seria impagável, eu não concordo. É questão de escolhas". A rescisão entre o time e Daniel Alves rendeu uma dívida de R$ 18 milhões ao clube, que será paga de forma parcelada.

Hoje, Alexandre Pássaro faz parte da diretoria do Vasco, e também comentou sobre a briga do clube pelo acesso à série A no ano que vem. Para o dirigente, mais do que o retorno financeiro, o acesso significa o resgate do Vasco com sua história.

"O Vasco na série b, e pela quarta vez nos últimos anos, é um desalinhamento gigante entre tamanho, torcida, história e a realidade. Isso é muito triste. As outras quedas com certeza não ensinaram nada ao Vasco. A gente espera que essa nos ensine e que o Vasco não passe por isso novamente", finalizou o dirigente.