"Cabeça fria": Hernanes explica episódio do balde de água na cabeça
Quem assistiu a Sport e Juventude, na última quarta-feira, presenciou uma cena, no mínimo, curiosa: após ser substituído da partida, o meia Hernanes pegou a caixa térmica do banco do Sport, o popular cooler, e virou na cabeça, derramando água gelada sobre todo o corpo. As imagens viralizaram nas redes sociais e a torcida reagiu perguntando: "o Profeta enlouqueceu?".
Hoje, em entrevista ao vivo no programa "Tá na Área", do SporTV, Hernanes explicou o que o motivou a "esfriar a cabeça", literalmente, dessa maneira tão inusitada. "Ninguém entendeu o porquê eu fiz isso. Eu já tinha saído do jogo, faltavam dez minutos. Eu estava sentindo um incômodo na coxa e pedi para ser substituído, já pensando no duelo do sábado, contra o Corinthians, jogo importante. Aí teve um lance na área e o goleiro acerta a cabeça do Tréllez, e eu fui, com respeito, fui cobrar o bandeirinha, porquê de não dar o pênalti. Aí o árbitro já virou e me deu o terceiro amarelo e eu fiquei fora do jogo. E aquilo fez com que meus nervos se exaltassem muito, porque queria muito estar a disposição para poder jogar", afirmou o meia.
Foi aí que Hernanes encontrou a solução diferente para se acalmar: "Foi uma técnica ensinada pela psicóloga aqui do Sport: quando estiver muito nervoso, coloca gelo nos pulsos, na cabeça para acalmar. E eu fiquei cego naquela hora, e virei o balde na cabeça. E surtiu efeito, senão eu poderia fazer alguma coisa ali que me causaria mais prejuízo", explicou.
Vindo de duas vitórias seguidas, depois de oito jogos sem marcar, o Sport recebe o Corinthians, amanhã às 16h30, na Arena Pernambuco. Por causa desse terceiro cartão amarelo, Hernanes, que vinha sendo um dos principais jogadores do rubro-negro de Recife, está fora.
Hernanes falou ainda sobre sua ida ao Sport, depois de não ser aproveitado no São Paulo, no final de sua terceira passagem. "Minha vinda para cá foi por paixão e amor que eu tenho por esse esporte. E me sentia um leão enjaulado. Estava no São Paulo, como todos sabem, tendo poucas oportunidades e querendo estar em campo. E o Brasileirão é um campeonato que me dá muita gana de jogar e ficar só no banco de reserva, não estava me satisfazendo. Abri mão de muita coisa, partiu de mim querer assinar o contrato, para buscar um novo desafio e quando as portas do Sport se abriram, fiquei muito feliz de voltar à minha terra e fazer alguma coisa pelo futebol de Recife".
Veja outras respostas de Hernanes na entrevista ao "Tá na Área" de hoje:
Sport x Corinthians
"Expectativa para o jogo de amanhã é grande. Pois tanto nós quanto o Corinthians vivem um bom momento. Estamos em casa, com a volta da torcida e vamos estar concentrados para fazer um bom jogo".
Bastidores do Sport
"Acabei assumindo responsabilidades demais, de querer fora de campo mudar as coisas. De me incomodar com bastante coisas. Já tem uma predisposição, que eu vivi já a favor lado e estou vivendo o lado contra: na dúvida, o árbitro sempre vai dar contra nós. Faz parte, já está na cultura do futebol. Mas, na situação que nós estamos, precisando de pontos, acaba não aceitando esse sistema e eu quis bater de frente, mas é dar murro em ponta de faca".
"Aqui também, nós atletas, a gente pediu para jogar com o gramado um pouquinho menor, para a bola deslizar e acabamos não tendo o pedido atendido. São coisas que a gente não teria que se preocupar. No futebol, a rivalidade é muito acirrada e o que faz diferença são os detalhes, milésimos de segundo e decisão um pouco mais rápida. Tudo conta a gente quer que tudo esteja perfeito. São coisas que acabam tomando um peso que não deveria ser nosso e uma hora o psicológico acaba não aguentando e explode. Mas, as coisas estão se ajeitando".
Vinho para o #Sextou?
"O pensamento quando encerrar o futebol é cuidar da vinícola mais de dentro. Fica lá na Itália, no Piemonte. Lá, fazemos quatro tipos de vinho. Se você estivesse em Recife, ia sugerir para abrir um Momentun, que é levemente adocicado e bem gelado. Aí em São Paulo não sei como está o clima, se tiver mais frio, vou sugerir um Efrain, 12 meses, nos barris de carvalho, um pouquinho mais amadeirado".
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