Quem vê o placar da vitória por 3 a 1 do Brasil sobre a Venezuela pode pensar que se tratou de um jogo movimentado. Na verdade, a partida desta quinta-feira (7), pelas Eliminatórias da Copa-2022, seguiu a tônica dos jogos recentes da seleção: pouca inspiração, ritmo lento e a sensação de que os 90 minutos demoraram bem mais para passar. Em meio a este cenário, pelo menos foi possível apontar um destaque: Raphinha.
No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte - com os jornalistas Luiza Oliveira, Mauro Cezar Pereira, Marluci Martins e Rodolfo Rodrigues - os comentaristas elogiaram a atuação do atacante, que entrou no lugar de Everton Ribeiro. Para eles, o jogador do Leeds United se destacou pela vontade em campo, que contrastou com a apatia demonstrada pela equipe durante o jogo em Caracas.
Em um primeiro momento, Marluci achou estranha a mudança feita por Tite, com a saída de Everton Ribeiro para a entrada de Raphinha. "Não entendi quando ele tirou o Everton Ribeiro, que estava tentando algumas coisas e organiza bem. Mas aí botou o Raphinha e, para minha surpresa, ele se saiu muito bem. Menos mal para o Tite que conseguiu ver o jogo e que a seleção precisava de alguém com essa característica: um jogador que dribla e tem velocidade. Com seu talento, conseguiu mudar o esquema do Tite, que não funcionava. Nem os talentos individuais apareceram dessa vez, exceto pelo Raphinha", comentou.
Mauro, que também não gostou da atuação da seleção brasileira, concordou com Marluci."A nota positiva foi a entrada do Raphinha, que jogou muito bem. Não entendi porque saiu o Everton Ribeiro. Poderia ter feito outra substituição e mantido o Everton Ribeiro, que não foi o pior do primeiro tempo. O Jogador do Leeds United foi muito bem e participou de todos os gols. Foi um jogador que entrou para buscar as jogadas de linha de fundo e até que funcionou. Foi talvez o único ponto positivo nisso tudo", disse o colunista.
Rodrigues ressaltou como a entrada do atacante mudou o panorama da partida. "A diferença técnica [entre Brasil e Venezuela] era gritante, mas em campo nem parecia isso. Felizmente, no segundo tempo, com a entrada do Raphinha o jogo mudou. O Everton Ribeiro não estava ma, mas até certo ponto foi uma substituição acertada. O Raphinha entrou muito bem e parecia o único com vontade de mostrar alguma coisa", observou, enfatizando o desinteresse demonstrado pela seleção até então.
Marluci elogiou a atuação de Raphinha, que, na opinião dela, mostrou algo que a seleção brasileira parece ter deixado um pouco para trás. "O futebol brasileiro sempre ousou, foi irreverente e improvisou. A gente não vê isso nessa seleção. Ainda bem que temos talentos individuais como o Raphinha, que em sua estreia jogou o que jogou. Ele precisou só de um tempo para mudar o jogo. Se não entrasse, eu me arrisco a dizer que estaria perdido. Às vezes, a gente pensa que depende do Neymar e você como um jogador é capaz de mudar um jogo", avaliou.
Para Rodrigues, Raphinha mostrou qualidades suficientes para merecer mais oportunidades na seleção brasileira. "Os jogadores estavam lentos, desinteressados, e o Raphinha entrou em outro ritmo. Ele procurou o jogo, foi o homem das bolas paradas. Ele foi muito bem no Leeds United na temporada passada, com nove assistências na Premier League. Nessa, já tem três gols em sete jogos. Ele entrou muito ligado e deu uma boa opção para o Tite. Estava merecendo a convocação e foi o grande nome do jogo", finalizou.
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