Caio Ribeiro compara Neymar a Biles e pede: 'Queria o mesmo carinho'

O comentarista Caio Ribeiro comparou o atual momento de Neymar à desistência da ginasta Simone Biles de algumas provas durante as Olimpíadas de Tóquio, e pediu "carinho" ao camisa 10 da seleção brasileira e do Paris Saint-Germain.

Em entrevista ao "Flow Sport Club", o ex-jogador pediu um "olhar humano" após Neymar apontar a Copa de Mundo de 2022 com sua última por não saber se terá mais condições "de cabeça, de aguentar mais futebol".

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"A gente sabe o quanto ele está incomodado com todas essas perseguições. Ele saiu do jogo contra a Colômbia sabendo que não foi bem. Minha função como comentarista é dizer isso, que deveria sair, mesmo sendo difícil tirar o craque", iniciou Caio Ribeiro, se referindo ao empate sem gols pelas Eliminatórias da Copa.

"A gente sabe como ele está cansado disso tudo. O que eu gostaria muito é que a pandemia trouxesse um pouquinho mais de reflexão em relação a esse tipo de análise. Que a olhasse com o mesmo carinho que a gente olha para a Simone Biles na hora que ela pede para não disputar tantas provas. Vamos olhar com esse mesmo olhar humano para o Neymar. Vamos olhar para todos eles da mesma maneira", completou o comentarista da Globo.

O ex-jogador ainda revelou uma conversa "de amigo" que teve com Neymar sobre os erros do camisa 10. Mesmo assim, Caio vê "exagero" nas críticas ao atacante do PSG.

"No caso do Neymar, as pessoas passam do limite (nas críticas). Muitas vezes ele dá mole, bate de frente de uma maneira que ele não deveria", disse o comentarista.

"Você (Neymar) vai ficar chateado, pode não gostar, só que um dia você talvez dê importância. Você tá errado nisso, nisso e nisso... E isso vai te prejudicar. Estou do outro lado, sei como funciona a cabeça da imprensa. Cuidado. Ele disse: 'beleza'.Ficou uma semana sem contato, mas talvez ele tenha registrado a informação. E, com o passar do tempo, ele saiba que falei para o bem dele. Talvez, pode ter entrado por um ouvido e saído pelo outro. Não sei a forma como ele digeriu. Não estou dentro da cabeça dele, e nem convivo com ele para saber. Como amigo, eu precisava falar. Ele não é mais menino, ele é responsável por tudo que faz. A gente só precisa entender o outro lado. Não falo do extracampo. Quero saber se ele performa dentro de campo", complementou.