Governo usa lâmpadas emprestadas na Arena da Amazônia para jogo do Brasil
O coordenador da seleção brasileira Juninho Paulista anunciou no último mês de agosto que a Arena da Amazônia era o lugar pretendido para receber o jogo contra o Uruguai pela 12ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar. Desde então, uma grande mobilização de autoridades públicas e da CBF trabalhou para colocar o estádio — que é um dos elefantes brancos do Mundial de 2014 — em boas condições.
Nesta quinta-feira (14), às 21h30 (de Brasília), Manaus recebe o clássico sul-americano depois de uma sequência de reparos do gramado aos vestiários que envolveu até um empréstimo de lâmpadas que estavam em outro estádio.
O caso é o seguinte: palco de quatro jogos da Copa do Mundo de 2014 e seis dos Jogos Olímpicos de 2016 entre futebol masculino e feminino, a Arena da Amazônia não recebe eventos importantes com frequência e tem um custo muito alto de manutenção, podendo chegar até a R$ 10 milhões anuais, segundo ouviu o UOL. Isso faz com que a preservação da estrutura seja relegada em alguns cenários.
Nos últimos tempos, as lâmpadas do estádio que queimavam começaram a não ser repostas, o que gerou até reclamações de jogadores das equipes que atuavam por lá e o impedimento de jogos da Série C à noite.
A CBF queria Brasil x Uruguai no estádio por motivos logísticos, já que os dois jogos anteriores das Eliminatórias fora do país seriam em lugares relativamente próximos, Venezuela e Colômbia. Para que os jogadores tivessem menor desgaste, seria o palco ideal. De olho nesta oportunidade, o Governo do Amazonas criou uma solução provisória: mandou tirar os refletores do Estádio da Colina, também em Manaus, para colocá-los na Arena como se fosse um empréstimo.
A justificativa é que para reposição definitiva da parte de iluminação seria necessário abrir licitação entre empresas e o tempo não seria suficiente para receber este Brasil x Uruguai. Segundo o governo amazonense, assim que esta concorrência pública tiver um vencedor haverá a devolução das lâmpadas ao Estádio da Colina.
Outros reparos
Em setembro, Juninho Paulista esteve na Arena da Amazônia com Manoel Flores, diretor de competições da CBF, e Fábio Mahseredjian, preparador físico da seleção brasileira. Foi feita uma vistoria das condições do estádio, que em seguida recebeu reparos patrocinados pela CBF e pelo governo estadual. Uma das principais preocupações era o gramado, que o técnico Tite considera primordial em jogos no Brasil.
Estamos há 60 dias trabalhando só questão estrutural de gramado, vestiários, iluminação e pintura em geral. Fizemos uma grande reformulação na Arena da Amazônia e também no Estádio da Colina, onde serão os treinos. Essa estruturação pelo que vimos no sábado está em 90% do que almeja a CBF. Temos estes dias para deixar o estádio 100%."
Jorge Oliveira, presidente da FAAR (Fundação Amazonas de Alto Rendimento), ao UOL
Também houve serviços de pintura, lavagem das arquibancadas para a recepção de 35% da ocupação total do estádio, manutenção nas redes elétricas e sinal de internet, envelopamento e cuidados com os vestiários, com instalação de grama artificial para aquecimento. A Arena da Amazônia recebe o primeiro jogo com público da seleção brasileira desde o início da pandemia.
Hoje, o time treina às 17h (de Brasília), no Estádio da Colina. Na véspera do jogo ainda faz uma atividade na Arena. O Brasil lidera as Eliminatórias com nove vitórias e um empate nas dez primeiras rodadas.
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