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Seleção: novidades do ataque convencem, e velhos conhecidos podem 'sumir'

Raphinha faz jogada da seleção brasileira contra o Uruguai sob os olhares de Tite - Lucas Figueiredo/CBF
Raphinha faz jogada da seleção brasileira contra o Uruguai sob os olhares de Tite Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Gabriel Carneiro e Igor Siqueira

Do UOL, em Manaus e no Rio de Janeiro

15/10/2021 04h00

A seleção brasileira abriu o período de jogos de outubro com uma missão clara e reconhecida pelo técnico Tite: fazer mais gols, criar mais oportunidades e ser um time mais confiável tecnicamente em meio aos bons resultados nas Eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar. Para esta missão foram recrutados três atacantes que jamais tinham vestido a Amarelinha, e agora dois deles voltam para seus clubes com a certeza de que deixaram boa impressão.

Raphinha é o destaque incontestável. Deu duas assistências contra a Venezuela e fez dois gols diante do Uruguai, na goleada por 4 a 1 de ontem (14), em Manaus. Mas Antony também agradou, tanto é que participou destes dois jogos e também saiu do banco contra a Colômbia. Só Arthur Cabral não teve chance de entrar em campo, mas pôde mostrar nos treinamentos sua capacidade.

Ao ampliar o leque de selecionáveis e vê-los corresponder às expectativas em campo, Tite assume o risco de nas próximas convocações ter que abrir mão de jogadores que são assíduos nas suas listas. O principal exemplo talvez seja Roberto Firmino, que na época da convocação estava voltando de uma lesão. Outro jogador frequente que tende a perder espaço é Éverton Cebolinha, que não agradou nas últimas oportunidades e nem é titular no Benfica.

Tite - Buda Mendes/Getty Images - Buda Mendes/Getty Images
Tite durante partida da seleção brasileira contra o Uruguai
Imagem: Buda Mendes/Getty Images

Firmino é, simplesmente, o atacante mais convocado por Tite no ciclo da Copa do Mundo do Qatar. Cebolinha está no top 5. Eles não devem sair do radar de jogadores observados, mas para Antony e Raphinha seguirem sendo convocados há a possibilidade de "sumirem" das próximas listas neste quebra-cabeça que o treinador precisa montar a um ano e um mês do Mundial.

Uma peça que terá condições de jogo na próxima convocação e agrada muito a Tite é Richarlison, ausência em outubro por contusão. O mesmo tende a acontecer com Matheus Cunha, que foi convocado e cortado — foi quando Arthur Cabral ganhou uma chance.

Para eles voltarem, quem pode perder espaço é Vini Júnior. O atacante do Real Madrid ficou para trás de Antony e Raphinha na lista de prioridades de Tite em outubro e pode ficar fora da próxima convocação caso seja necessário abrir espaço para os agora lesionados. Gabriel Jesus foi outro que não fez bonito nestes jogos, mas tem mais vivência de seleção e mais confiança de Tite — que é algo que Gabigol conquista cada vez mais e outros já testados, como Malcom e Hulk, não conseguiram.

Jesus - Buda Mendes/Getty Images - Buda Mendes/Getty Images
Gabriel Jesus caminha na frente de Neymar e Raphinha, abraçados em jogo da seleção
Imagem: Buda Mendes/Getty Images

A próxima convocação deve ser ainda neste mês — há a possibilidade de ser feita presencialmente na sede da CBF, pela primeira vez desde o começo da pandemia. Tite costuma levar sete atacantes. Só nesta reportagem foram mencionados 12 nomes e nenhum deles é do incontestável Neymar. Portanto, olho na lista.