Desde seu retorno da seleção brasileira, Gabigol não repetiu as atuações destacadas pelo Flamengo. No empate por 2 a 2 com o Athletico, nesta quarta-feira (20), no duelo de ida das semifinais da Copa do Brasil, o atacante mais uma vez não balançou as redes e, para piorar, foi substituído após sofrer uma lesão no tornozelo.
Na Live do Flamengo, programa do UOL Esporte logo após os jogos do Mengão, os jornalistas André Rocha e Renato Maurício Prado conversaram sobre o atual momento de Gabigol e analisaram o que pode ser feito para o atacante voltar a exercer o protagonismo de épocas recentes com a camisa rubro-negra.
"O Gabigol não tem a característica do Pedro, de ficar fixo na área, mas tem que ficar ali naquela zona de conclusão e não recuar tanto, não abrir tanto na ponta. É uma leitura que o jogador tem que ter. Se ele não tem, o treinador tem que orientá-lo. Não pode agir como o dono do time. A impressão que dá é que Gabigol está jogando para o Tite ou para o futebol europeu, para mostrar que é completo, serve mais os companheiros, tem mais visão de jogo e não é só um jogador de entrar nas costas da defesa adversária e finalizar", opinou Rocha.
Para Renato, a ausência de Gabigol não deve ser tão sentida neste momento para o Flamengo, por conta das boas atuações de Pedro. "Ele não vai jogar o Fla-Fu. Não faz sentido. Mesmo que a entorse não seja grave, claramente ele será preparado para o jogo da volta contra o Athletico. Nesse jogo, talvez o Bruno Henrique volte. Não acho um grande problema ele não jogar o Fla-Flu. O Pedro o substitui muito bem. Voltou a fazr gols e está em uma boa fase de goleador, melhor até do que a do Gabigol, que completou sete jogos sem marcar [pelo Flamengo], um recorde na carreira dele", ressaltou o colunista do UOL.
Rocha destacou como as ausências de Bruno Henrique e Arrascaeta têm interferência direta nas atuações de pouco brilho de Gabigol. "Ele não jogou bem novamente. Gabigol está sem o entendimento de que, sem Bruno Henrique e Arrascaeta, ele é o finalizador. O Renato Gaúcho tinha que interferir nisso. O Gabigol é o jogador que tem que estar na linha dos zagueiros para receber a bola em profundidade. Em duas jogadas, ele participa da jogada, aciona o Isla e quem está na área é Everton Ribeiro, com Andreas chegando e o Michael do outro lado. O Gabigol tem que estar na área e ser a referência", analisou.
Para tentar corrigir este problema, Renato sugeriu escalar Pedro como titular ao lado de Gabigol. "Sem Bruno Henrique e Arrascaeta, o Gabigol tenta resolver tudo sozinho e sai da área. Se eu fosse o Renato Gaúcho, pensaria até em uma possibilidade de escalar o Pedro junto com Gabigol. O pedro mais na área e o Gabigo pela direita, passando o Everton Ribeiro para dentro. Tira o Thiago Maia e bota o Andreas de segundo volante. De repente, você arruma o time mais ajeitado. O Gabigol, saindo da área e com o Pedro dentro dela, tem muito mais condição de ter uma parceria", explicou.
Já Rocha considera que o retorno de Bruno Henrique seria a condição mais ideal para Gabigol crescer de produção. "Ele contribuiu pouco [contra o Athletico]. Não sei como ficará a situação do tornozelo dele, mas se voltar para o Fla-Flu [no sábado] ou contra o Athletico na outra quarta, precisa rever isso. Existe uma possibilidade grande de o Bruno Henrique voltar. Aí tudo bem, o Gabigol pode se movimentar mais porque o Bruno Henrique sai da esquerda e entra por dentro, e há mais chances de isso funcionar", finalizou o colunista do UOL.
Não perca! A próxima edição da Live do Flamengo será no sábado (23), logo após o clássico contra o Fluminense pelo Brasileirão Você pode acompanhar o programa pelo Canal UOL, no app Placar UOL, na página do Flamengo no UOL Esporte e no canal do UOL Esporte no Youtube.
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