Caio Henrique tem seleção como objetivo depois de se consolidar na França
Titular do Monaco no Campeonato Francês e na Liga Europa, em que ontem (21), o time venceu o PSV-HOL fora de casa e assumiu a liderança do Grupo B, o lateral-esquerdo Caio Henrique já pode ser visto como um jogador consolidado na Europa. Vendido aos franceses pelo Atlético de Madri no ano passado depois de não conseguir se afirmar e ser três vezes emprestado para clubes brasileiros, ele se encontrou no novo país e já faz planos para chegar à seleção brasileira.
Segundo apurou o UOL, o jogador e seu estafe ficaram empolgados com a notícia de que a próxima convocação de Tite para os jogos contra Colômbia e Argentina em novembro pode ser restrita a jogadores que atuam fora do Brasil. Isso aconteceria para os clubes não serem desfalcados na reta final do Brasileirão e faria com que Guilherme Arana, do Atlético-MG, fosse baixa na lista. Uma brecha para Caio Henrique.
Arana fez parte das duas últimas convocações e ganha cada vez mais espaço — ele até foi titular na vitória por 3 a 1 sobre a Venezuela. Os outros laterais já convocados por Tite desde 2020 são Alex Sandro, hoje considerado titular da seleção, Alex Telles e Renan Lodi. Os dois últimos não são frequentes nos jogos de Manchester United e Atlético de Madri e, por isso, tendem a perder espaço.
Caio Henrique faz parte do radar de selecionáveis e participou de parte do ciclo do time sub-24 para os Jogos Olímpicos de Tóquio, mas foi ultrapassado justamente por Arana e também Abner, do Athletico-PR, sob o comando de André Jardine. Em meio à falta de espaço na seleção, os empresários do jogador receberam sondagens da Real Federação Espanhola de Futebol em nome de uma naturalização.
O brasileiro viveu em Madri entre fevereiro de 2016 e agosto de 2020 e obteve cidadania espanhola, o que permite o processo. Curiosamente, um dos representantes dele é o ex-meia Deco, que nasceu no Brasil e defendeu a seleção de Portugal em duas Copas do Mundo. Até agora, no entanto, Caio Henrique não foi convocado pela Espanha e não abandonou o sonho de estar na equipe do Brasil no futuro próximo.
O UOL ouviu que a ausência nas listas de convocados, seja de Brasil ou Espanha, mobiliza os empresários do jogador de 24 anos a procurar um novo destino para ele no mercado da bola já na janela de transferências do inverno na Europa, entre dezembro e janeiro. Há a impressão de que o Monaco não é a melhor vitrine possível e que pode ser hora de um novo passo. O estafe não confirma, mas o Barcelona foi um dos clubes que pediu informações nos últimos meses.
Caio Henrique tem contrato com o Monaco até o meio de 2025.
Na primeira temporada ele somou 36 jogos e deu cinco passes para gol no Campeonato Francês que o time fechou em terceiro lugar. Já em 2021/2022 já são seis assistências em apenas 16 partidas jogadas. O time está em décimo no Nacional, mas caminha bem na Liga Europa e ontem assumiu a liderança do Grupo B ao vencer o PSV fora de casa por 2 a 1. O brasileiro deu as duas assistências e foi um dos melhores em campo.
O técnico croata Niko Kovac tem elogiado regularmente o jogador, a quem chamou de "um dos impulsionadores da equipe ao ataque". O Monaco tem atuado em linha de três defensiva, e Caio Henrique é ala quando o time tem a posse de bola e mais lateral na hora de defender, mas com liberdade de iniciar as jogadas ofensivas.
Em meio à boa fase, enxerga a seleção brasileira como uma meta próxima. A nova convocação de Tite deverá ser na sexta-feira da semana que vem e os jogos contra Colômbia e Argentina nos dias 11 e 14 de novembro.
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