Carille diz por que colocou Jean Mota no Santos: 'Queria propor o jogo'
A derrota do Santos para o América-MG por 2 a 0, hoje (23), na Vila Belmiro, aumentou a pressão sobre os jogadores. Mas o técnico Fábio Carille também foi bastante questionado por causa de uma alteração: a entrada de Jean Mota em lugar de Camacho, que deixou o campo no fim do primeiro tempo por causa de uma lesão.
O motivo das críticas está no fato de Jean Mota não ser um volante de origem. Em sua primeira jogada importante, ele perdeu na corrida para Ademir após um lançamento preciso do goleiro Matheus Cavichioli e precisou derrubar o atacante do América-MG. Com isso, foi expulso com apenas dois minutos no gramado ao cometer o pênalti que determinou o primeiro gol do Coelho.
O banco de reservas também tinha Vinícius Balieiro, que é da mesma posição de Camacho e vinha sendo utilizado por Carille em um tripé de zagueiros. Mas o treinador justificou a entrada de Jean Mota por acreditar que ele seria mais importante na criação de jogadas de um time que precisava ganhar para se distanciar da zona de rebaixamento.
"(Escolhi o Jean Mota) pela questão de propor mais jogo. Ele já vinha jogando ali como segundo (volante). Queria jogar ele ali com o Zanocelo. O Balieiro é um jogador mis tático, para destruir as jogadas, e não de construção. Pelo que o Jean vinha jogndo mais recuado, para dar criação melhor precisando de resultado dentro de casa", explicou o treinador do Peixe.
Carille voltou a ressaltar que a questão psicológica é a que mais tem atrapalhado o Santos nesta reta final do Brasileirão. Para ele, a derrota deste sábado não teve influência da escolha tática. Para encarar o América-MG, ele abriu mão de seu trio de beques e passou a atuar com três atacantes.
"Quando falo que não é pela questão tática, foi pelos gols tomados. Teve mais um gol de bola aérea. O time martelou e, na última bola do primeiro tempo, acontece o pênalti e a expulsão. A gente tentou reorganizar e já toma o segundo gol e vem um balde de água fria", comentou o treinador, lembrando a temporada ruim que o Peixe vem fazendo.
"Não é só pelo jogo, mas pelo ano todo do Santos. Depois da Libertadores, está sofrendo bastante. Foi assim no Paulista e está sendo no Brasileiro. É mais o psicológico que tem que trabalhar bastante", comentou.
A derrota para o América-MG pode mandar o Santos para a zona de rebaixamento já neste fim de semana. Para isso, basta o Bahia pelo menos empatar com a lanterna Chapecoense amanhã (24), na Arena Fonte Nova. O Peixe só se livraria do grupo da degola com uma derrota do Tricolor e com tropeços de Sport diante do Palmeiras, no Allianz Parque, na segunda-feira, e do Grêmio, no mesmo dia, contra o Atlético-GO, fora de casa.
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