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Corinthians precisa de 57 passes para conseguir finalizar no Brasileirão

Sylvinho dá instruções a Giuliano em partida do Corinthians contra o Internacional - Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Sylvinho dá instruções a Giuliano em partida do Corinthians contra o Internacional Imagem: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Yago Rudá

Do UOL, em São Paulo

26/10/2021 04h00

Por muito, o Corinthians do técnico Sylvinho é o time que mais precisa trocar passes para conseguir criar uma finalização nos jogos do Campeonato Brasileiro, com uma média de 56,7 toques para cada chute ao gol Nesta temporada, a equipe do Parque São Jorge é a segunda que mais passa a bola na competição e a quinta que mais tempo tem a posse nas partidas da Série A. Em contrapartida, é a terceira que menos agride o gol adversário — atrás apenas do Atlético-GO e do Cuiabá.

Os números são do aplicativo Sofascore e demonstram a dificuldade do setor criativo do Alvinegro. Nas últimas três rodadas do Brasileirão, respectivamente contra Fluminense, São Paulo e Internacional, o Corinthians encontrou mais obstáculos do que de costume para criar chances de gol. O problema vem sendo uma dor de cabeça a ser resolvida no CT Joaquim Grava para tornar a equipe mais competitiva.

Ao todo, o Timão registra uma média de 443 passes por partida, tem a posse da bola em 52,6% do tempo, mas finaliza apenas 7,8 vezes por compromisso no Brasileirão. A título de comparação, o segundo na lista na relação entre a quantidade de passes necessários para um chute é o Atlético-GO, que precisa de 48,4 toques para dar uma finalização. Dono do melhor ataque do campeonato, com 47 gols, o Flamengo precisa de 40,5 passes completos para encontrar espaço para o chute.

Internamente, a dificuldade de criação ofensiva da equipe é apontada como fator determinante para a queda de rendimento nas últimas semanas e a consequente ausência da zona de classificação para a Copa Libertadores. Sem Willian, machucado, Sylvinho deu espaço para os garotos Adson e Vitinho, mas foi o ponta Gustavo Mosquito quem melhor se saiu na função ao sair do banco de reservas.

Além das jogadas pelo meio serem motivo de preocupação para a comissão técnica, os laterais não têm sido tão participativos nos lances de ataque como em anos passados. Recentemente, o próprio Sylvinho explicou sua ideia de jogo ao priorizar o aspecto defensivo dos jogadores daquela posição.

Em meio aos problemas, o Corinthians terá semana cheia antes de enfrentar a Chapecoense, na próxima segunda (1º). A pressão no Parque São Jorge é grande e, internamente, há a cobrança por uma vitória diante dos catarinenses, mas principalmente novas alternativas ofensivas para a equipe.

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