Flamengo tem Fluminense como parceiro preferencial em licitação do Maracanã
Nas amarras para formalizar uma proposta pela gestão do Maracanã a longo prazo, o Flamengo enxerga o Fluminense como parceiro "preferencial". Esse foi o termo usado pelo CEO do clube, Reinaldo Belotti, na saída da primeira audiência pública, hoje (27), na qual o governo do Rio apresentou os detalhes do edital de licitação.
"Fazemos parte da administração do Maracanã em conjunto com o Fluminense. Claramente, é o nosso parceiro preferencial. Estamos em negociação com o Fluminense para formar um consórcio capaz de ganhar esse edital e disponibilizar o Maracanã para todo e qualquer clube que atenda as exigências e seja possível manter um nível do gramado compatível com a qualidade dos times que ali jogam", disse o executivo do Fla.
No entanto, isso não significa que outros clubes interessados, especialmente o Vasco, estejam fora do tabuleiro. O cruz-maltino, inclusive, mandou representantes à reunião no Palácio Guanabara, sede do governo estadual.
O Vasco quer entrar no bloco para levar ao Maracanã os principais jogos de sua agenda. Nos bastidores, o clube entende que será capaz de fazer uma composição com o Flamengo para não ficar fora da licitação.
O edital de concessão prevê que os candidatos apresentem como mínimo a previsibilidade de realização de 70 jogos por ano. De acordo com o governo, essa exigência é para assegurar que o equipamento seja usado prioritariamente com futebol.
"Tínhamos que ter um norte e ele foi bem colocado. É um equipamento público, do estado do Rio. Por ser de futebol, a gente não pode imaginar com predominância de show em detrimento do futebol", explicou o secretário estadual da Casa Civil, Nicola Miccione.
Antes do desfecho da licitação, a parceria entre Flamengo e Fluminense deve continuar por mais alguns meses, já que ambos se valem de uma permissão de uso assinada junto ao poder público para mandar jogos no Maracanã. O documento, pelos planos da Casa Civil, vai valer até a conclusão da licitação que se inicia agora. A versão final do edital, após ajustes após audiências públicas, deve sair em janeiro de 2022.
Com isso no horizonte, Flamengo e Fluminense planejam, inclusive, investimento mais robusto no gramado na virada de 2021 para 2022. Os detalhes técnicos estão sendo concluídos, mas o planejamento é uma troca do terreno de jogo.
"O Flamengo e o Fluminense já estão prevendo fazer essa mudança estrutural do gramado já agora, independente da licitação. Somos os operadores", avisou Belotti, ressaltando que não concorda com a demanda de 70 jogos por temporada:
"Temos estudado o gramado ao longo desses anos e não temos informação de nenhuma grande arena no mundo que tenha mais de 50, 55 jogos por ano. É uma dificuldade extremamente grande manter o gramado em boas condições. Com a reforma, o setor noroeste não tem luz de abril a setembro. Temos luz artificial que pode melhorar, mas nunca é a mesma coisa".
A Casa Civil, por sua vez, admite flexibilizar esse número, mas não define quantos clubes vão participar.
"O número necessário é de 70 jogos, pelos estudos feitos, para viabilidade econômica e garantia da manutenção. Isso não significa que, na prática, havendo a necessidade de um número menor de jogos, seja por questões de não participação em determinada competição, esse número seja menor e o gestor busque receitas complementares. O número de 70 é um número a ser discutido. Outras concessões falam em 60, 66. Podemos, sim, fazer ajustes, mas dentro de uma lógica financeira para manutenção do estádio", completou o secretário Nicola Miccione.
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