Carille evita fazer projeções após vitórias do Santos: "São nove decisões"
As vitórias contra Fluminense e Athletico fizeram o Santos respirar no Brasileirão, mas o técnico Fábio Carille ainda entende que não é hora de começar a pensar em outras coisas que não seja a luta para evitar o rebaixamento para a segunda divisões. Depois de vencer o time paranaense por 1 a 0, o treinador santista ressaltou a necessidade de tratar como decisões os nove jogos que restam para o término da competição.
"Não estou projetando nada e não quero. Estamos em 11º nesse momento, mas a gente tem que ter a ciência de que ainda tem toda a rodada para acontecer ainda. Desde quando eu cheguei aqui, eram 12 decisões, agora são nove decisões. E são nove decisões. A decisão agora é contra o Palmeiras. Não estou projetando nada e, sim, passando para os atletas a importância de cada partida", disse, em entrevista coletiva.
O resultado levou o Santos provisoriamente para a 11ª colocação com 35 pontos, seis a mais que o Juventude, primeiro time na zona de rebaixamento, que tem 29. A equipe gaúcha, no entanto, enfrenta o Bahia na rodada.
Questionado sobre como evitar um possível relaxamento do elenco depois de duas vitórias, Carille ressaltou a semana livre de trabalho que terá. O próximo compromisso do Santos será domingo (7), contra o Palmeiras, na Vila Belmiro.
"Eu tenho certeza de que esse relaxamento não vai acontecer, não está na hora de acontecer porque precisamos ainda de pontos para nos livrarmos completamente dessa situação. Eu sei o grupo que eu estou e vai ser importante a semana para que eu cobre esse lado emocional, psicológico deles, de saber que vai ser um outro jogo que a gente vai ter que correr e se entregar demais contra o Palmeiras. Se fosse um jogo já quarta-feira, talvez eu não teria tempo de trabalhar tudo isso, mas tendo a semana inteira, na apresentação já foi chamar a isso. Mas conhecendo os atletas, eu tenho certeza de que não é algo que eu tenha que me preocupar", prosseguiu.
Confira outras declarações do técnico Fábio Carille:
Time recuou depois de abrir o placar?
Hoje a gente tem que ter o entendimento que a gente está precisando de resultado, independentemente se é jogando bonito ou não. Era uma briga direta com o Athletico - ainda é, na verdade. Mas foi um confronto que com esse resultado a gente passa o Athletico. E a ideia ali foi de fechar mesmo e levar os três pontos, que é o mais importante nesse momento.
Duas vitórias consecutivas, muito importante para nós, para os nossos objetivos dentro do campeonato. E agora restam nove jogos aí, nove decisões para que a gente possa alcançar o nosso objetivo.
A gente está em uma situação que a gente precisa de resultado. Faz 1 a 0 aqui em um time que vem de uma vitória importantíssima em sua história, tirar o Flamengo de uma final da Copa do Brasil, e você faz 1 a 0. Afora os erros individuais que tivemos, a gente precisava ter um contra-ataque melhor, fazer uma escolha melhor no terço final para que a gente pudesse ampliar o resultado aqui dentro da Arena da Baixada.
Sentimento após duas vitórias seguidas
Sentimento de alegria, de felicidade, de dever cumprido até agora. Duas vitórias que nos dá moral, nos faz acreditar mais, além de respirar um pouco, que também é importante. Muito feliz para a nossa sequência. Agora são nove jogos que faltam, novo decisões e começamos a partir de amanhã a pensar no Palmeiras.
Sistema favorece o Madson?
O Madson eu já conheço há muito tempo, desde o Bahia. Eu sei dessa força ofensiva que tem, sei da bola aérea. Quando eu cheguei aqui, ele estava há um mês parado e ficou quase mais um mês. A gente teve cuidado com ele, colocamos para jogar no sub23 para ganhar ritmo e ele foi, eu fui acompanhar na Vila Belmiro e ganhou com um gol dele.
Esse esquema favorece ele, a gente ganha na altura, que era um problema que a gente está conseguindo solucionar tanto ofensivamente quanto defensivamente, ser mais agressivo na hora de atacar e defender melhor. Com esse esquema é claro que favorece um jogador que tem esse potencial.
As vitórias dão mais confiança para o trabalho?
Com certeza. Eu sei que tem muita coisa para melhorar, eu sei que tem muita coisa para arrumar e ter esses problemas com a vitória é melhor ainda do que com resultados negativos. Seis pontos importantíssimos nesse momento, que passa mais confiança para eles, passa confiança para mim também daquilo que tenho pensado sobre o time. Com certeza vai ser uma volta maravilhosa para Santos e de muito trabalho para a gente enfrentar o Palmeiras.
Por que Wagner Leonardo e não Luiz Felipe no lugar de Velásquez?
Eu vejo que o Felipe nessa situação de três zagueiros tem que jogar de líbero, muito tempo sem jogar, acho que tem mais de dois meses, não fez um treino comigo ainda. Quis que ele viesse para cá por causa da sua liderança em vestiário, que nos ajuda muito nesse momento. Só ia colocar o Felipe no jogo se fosse no lugar do Robson nesse momento. Muito tempo sem jogar, e de lado você tem que ficar cobrindo, saindo muito da área. Eu sei que o Luiz tem uma bola aérea muito importante - e eu sabia disso para caso eu precisasse no final do jogo -, mas nesse momento, pelo trabalho dele com a gente, que foi muito pouco ainda, no esquema de três zagueiros, se eu tiver que usá-lo vai ser pouco tempo e como líbero.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.