Cuca cita passividade do árbitro e elogia jogo do Galo: "Tivemos controle"
O técnico Cuca elogiou a atuação do Atlético-MG contra o Flamengo na noite de hoje (30), no Maracanã, apesar da derrota por 1 a 0. Para o comandante, a equipe teve controle total e foi superior ao Rubro-Negro.
"Tínhamos o controle do jogo. O primeiro tempo foi um controle do jogo, e nós finalizamos muitas vezes. Se não me engano, nove contra duas do Flamengo, e eles encontraram o gol numa jogada de linha de fundo. O Flamengo passou a jogar no erro. Tivemos o dobro de posse de bola, de finalizações, e infelizmente não foi o suficiente pra gente ganhar. Jogamos uma boa partida, merecíamos uma sorte melhor, mas temos que enaltecer o espírito do Flamengo", afirmou o treinador atleticano.
A respeito da confusão envolvendo os minutos de acréscimos dados pelo árbitro Anderson Daronco devido à "cera" do goleiro Diego Alves, apontada pelos jogadores do Atlético, Cuca criticou a arbitragem, mas isentou a atitude dos donos da casa.
"Reclama-se da arbitragem, que foi boa durante o jogo, mas da passividade: o goleiro cai duas, três vezes, e isso esfria o jogo. Foi nesse aspecto que os jogadores ficaram nervosos em campo, em cima da cera que o Flamengo fez. Eles estão no direito deles", ponderou.
O técnico também comentou sobre o bate-boca em entre ele, jogadores do Galo e funcionários do Flamengo após a partida no Maracanã: "O que houve na saída são coisas de sangue quente de todo mundo. É coisa interna. Se vamos tirar proveito disso ou não [como motivação], só o tempo vai dizer."
O Atlético volta a campo na próxima quarta-feira (3) para enfrentar o Grêmio no Mineirão, às 21h. A equipe mineira tem 59 pontos, e continua na liderança isolada do Campeonato Brasileiro.
Veja outras respostas de Cuca durante a coletiva de imprensa:
Alterações: o time demorou a se reorganizar?
"A troca do lateral, eu não quis trocar um lateral pelo outro. Estavamos perdendo, tínhamos que jogar o time mais à frente. O Zaracho não entrou mal. As trocas que fizemos depois: a saída do Keno, que teve um probleminha, e a entrada do Vargas, foi pra dar agudez. O Flamengo estava muito recuado. Eu não vejo que isso tenha sido uma questão fundamental para que perdêssemos. São ideias que você tem, mexidas que faz, e acabou não culminando no gol. Como não houve a mudança no placar, são ocnsiderdas mexidas ruins e isso é natural."
Houve nervosismo de alguma forma?
"Sim, nós estávamos errando passes e reclamando de si próprio, então tem que tentar se concentrar no jogo e saber que o erro faz parte do jogo. Mas o time não fez uma má partida. Reclama-se da arbitragem, que foi boa durante o jogo, mas da passividade: o goleiro cai duas, três vezes, e isso esfria o jogo. Foi nesse aspecto que os jogadores ficaram nervosos em campo, em cima da cera que o Flamengo fez. Eles estão no direito deles."
Qual foi a influência do emocional?
"Entramos com o controle total do jogo. Até os 25 minutos o Flamengo não tinha finalizado. Aconteceu [o gol] num lance em que o Isla cruzou, o Bruno Henrique ganhou e o Michael fez o gol e mudou o contexto do jogo. Dificilmente você vai ver uma equipe vir aqui e ter mais finalizações e dobro da posse de bola. Executamos nossa proposta, mas infelizmente o resultado não veio."
Vitória poderia dar vantagem de 13 pontos. A diferença pode cair pra 4. Campeonato será muito duro?
"[Um campeonato] muito duro pela frente. Mesmo que tivesse ganho. Com a derrota pode ficar ainda mais. Vamos ver a próxima rodada, ao término da rodada. Se fizermos por onde ter a vitória, depois vemos o que acontece. Perdemos um jogo decisivo, mas jogamos bem, dentro da minha ótica. No geral, tivemos o controle do jogo e o Flamengo soube administrar bem a vantagem que teve."
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