"Melhor de nós está para chegar", afirma Abel após vitória contra o Grêmio
Logo após completar um ano no comando do Palmeiras, o técnico Abel Ferreira teve mais um motivo para comemorar na tarde de hoje (31): a vitória de virada por 3 a 1 ante o Grêmio, na Arena, em Porto Alegre-RS. Ao comentar sobre o aniversário de sua passagem pelo Verdão, o português disse acreditar que a equipe pode atingir feitos ainda melhores.
"A vocês (clube e torcida), o que sinto é gratidão, porque me deram a oportunidade de crescer em minha carreira. Quem estiver preparado para perder, vai ganhar. É preciso colocar essa semente em cada um. O melhor de nós está para chegar. Acredito que é possível ser ainda melhores, ainda mais 'palestrinianos', se existe essa palavra", afirmou o treinador na coletiva de imprensa depois do jogo.
O triunfo na capital gaúcha colocou o time novamente na vice-liderança do Brasileirão, com 52 pontos, agora a sete do líder Atlético-MG. Neste momento, Abel não prefere pensar na possibilidade de título, mas a curto prazo.
"Vamos manter a mesma linha: é jogo a jogo. A vitória era a nossa missão hoje, montamos um bom plano de jogo. Os jogadores entraram muito focados hoje, num jogo extremamente difícil contra uma grande equipe, com uma grande torcida. É difícil manter o sarrafo tão alto, exige trabalho de dedicação e resultados", disse o comandante palmeirense.
Na próxima rodada, o Verdão visitará o Santos, no domingo (7), na Vila Belmiro, às 16h (horário de Brasília).
Veja outras respostas de Abel durante a coletiva:
Avaliação de Rony atuando por dentro
"Tenho uma opinião diferente [de que atuação foi abaixo]. Os estudos dizem que no futebol, um jogador em média toca no máximo 3 minutos na bola durante o jogo, os outros 87 são sem a bola. Quando vocês veem o segundo gol do Veiga, para abrir aquele espaço entre linhas, é preciso movimento sem a bola, e esse espaço só abre porque o Rony trabalha sem bola. Queríamos ter velocidade em cima dos dois zagueiros, empurrar a linha para trás, criar espaços para o Veiga, o Scarpa e o Dudu jogassem entre linhas. Hoje o nosso adversário trabalhou muito para ganhar, mas apanhou um Palmeiras muito forte e muito consistente."
Acha que Scarpa e Veiga podem jogar juntos sem prejudicar equilíbrio no meio-campo?
"Não há problema nenhum. Eu quando penso na formação da equipe, penso nas características dos jogadores. Não consigo pegar um jogador que não dribla e fazê-lo driblar. Já disse várias vezes que jogamos em função dos jogadores com as características que temos. E já disse que gosto de um 5, um 8 e um 10, e hoje optamos por um ponta, que não é ponta, que é o Scarpa. Agora é fácil falar porque ganhamos, mas há jogos que perdemos e as coisas são bem feitas. A minha função não é avaliar em função do resultado."
Avaliação do Rony atuando por dentro
"Tenho uma opinião diferente [de que atuação foi abaixo]. Os estudos dizem que no futebol, um jogador em média toca no máximo 3 minutos na bola durante o jogo, os outros 87 são sem a bola. Quando vocês veem o segundo gol do Veiga, para abrir aquele espaço entre linhas, é preciso movimento sem a bola, e esse espaço só abre porque o Rony trabalha sem bola. Queríamos ter velocidade em cima dos dois zagueiros, empurrar a linha para trás, criar espaços para o Veiga, o Scarpa e o Dudu jogassem entre linhas. Hoje o nosso adversário trabalhou muito para ganhar, mas apanhou um Palmeiras muito forte e muito consistente."
Acha que Scarpa e Veiga podem jogar juntos sem prejudicar equilíbrio no meio-campo?
"Não há problema nenhum. Eu quando penso na formação da equipe, penso nas características dos jogadores. Não consigo pegar um jogador que não dribla e fazê-lo driblar. Já disse várias vezes que jogamos em função dos jogadores com as características que temos. E já disse que gosto de um 5, um 8 e um 10, e hoje optamos por um ponta, que não é ponta, que é o Scarpa. Agora é fácil falar porque ganhamos, mas há jogos que perdemos e as coisas são bem feitas. A minha função não é avaliar em função do resultado."
Preenchimento do meio-campo, buscar por jogadas de pivô gerando faltas na entrada da área. É mais uma ferramenta para buscar o gol?
"Na minha opinião, há quatro formas claras de fazer gol: qualidade individual dos jogadores, jogo coletivo, o que chamo de ataque posicional, a bola parada e puxar contra-ataques. As melhores equipes do mundo fazem isso. Gosto de olhar aos jogos de forma equilibrada. Há adversários que pressionam mais, há adversários que têm mais qualidade do que você. Hoje fomos consistentes, conseguimos aproveitar o jogo interior, e para isso, é preciso que os jogadores fora do centro de jogo corram pra frente. Portanto, temos três rotas de ataque em jogo coletivo: o jogo interior, a virada e o ataque pelos corredores são as três formas de ataque posicional."
Weverton participando da saída de bola. Que vantagem o time obtém com isso?
"É verdade, quando olhamos para o Brasileiro, há jogadores que só utilizamos em metade. Tínhamos feito um trabalho muito específico com o Weverton, que pra mim é o número 1. Esse é o guarda-redes que eu sonhava quando eu treinasse uma grande equipe. É extraordinário, tem o pacote todo. Com bola, nosso goleiro é nosso primeiro centroavante. Sem bola, nosso centroavante deve ser o primeiro zagueiro. Quando nós somos valentes, corajosos, nós desafiamos nosso interior e temos esse hábito de crescer melhor a cada dia, os resultados aparecem. Isso é trabalho de muita gente, e que eles acreditem, porque a mentalidade vencedora é eles acreditarem."
Com o Grêmio nessa situação, o jogo reforçava a necessidade do fator mental?
"Aqui no Brasil é 8 ou 80 em tudo. Sou uma pessoa extremamente emotiva. Vivo mutio com o jogo. Mas quando falo com meus jogadores, procuro ser equilibrado e passar todo meu conhecimento, sobre controlar as emoções. Falo isso com eles desde o primeiro dia, e depois isso torna-se um hábito. O treinador tem 30% de responsabilidade de uma vitória ou derrota, o resto é deles. Porque a tática é minha; a técnica, física e mental é deles. Os verdadeiros protagonistas são os jogadores. O jogo ainda pertence aos jogadores."
Dois jogadores no DM - Jorge e Mayke. Quando poderá contar com eles?
"Hoje tivemos dois, já tivemos mais e outros nas seleções. Toda gente cobra e diz sem ter conhecimento nenhum. O Jorge está mais atrasado, o Mayke acredito que poderá retornar mais cedo. Isso é fruto de trabalho e organização da equipe técnica. "
Como manter o ritmo nessa reta final da temporada?
"Uma coisa é quando está o elenco todo disponível. Quando estamos todos juntos, somos muito competitivos e muito fortes. Quando faltam jogadores, a equipe fica menos competitiva. Vamos continuar a manter o foco, vamos continuar nem no 8 nem no 80, porque amanhã vão começar a dizer que o Palmeiras é favorito a isso ou aquilo. Vamos trabalhar com afinco, a manter a mentalidade vencedora. Os jogadores percebem cada vez mais e têm crescido mentalmente. Se vocês têm dúvidas, vejam o Grêmio no ano passado, que estava a disputar conosco a Copa [do Brasil]."
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