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Fora das redes sociais, Henry diz: 'Fazem dinheiro através do ódio'

Thierry Henry, ex-jogador do Arsenal e da seleção francesa - Valery HACHE / AFP
Thierry Henry, ex-jogador do Arsenal e da seleção francesa Imagem: Valery HACHE / AFP

Colaboração para o UOL, em São Paulo

02/11/2021 14h52

Convidado de um evento sobre a internet sediado em Lisboa, o "Web Summit", o ex-atacante Thierry Henry, uma das vozes mais importantes no boicote da Uefa e do Campeonato Inglês às redes sociais em abril - que teve como estopim ataques racistas ao meio-campista Romaine Sawyers, ‎‎do West Bromwich Albion - refletiu que o ódio é o grande gerador de dinheiro desta indústria.

Na opinião do ex-jogador francês, não há um esforço legítimo por parte de quem comanda as redes sociais para mudar essa realidade, já que aquilo que traria a cura para o problema, ao mesmo tempo é prejudicial à indústria por não gerar lucros.

"Quando você entende que eles geram dinheiro através do ódio, é muito difícil. O remédio [para as redes sociais] é o veneno. Ser verdadeiro e bondoso não gera dinheiro", disse Henry.

"Eu tentei contatar as redes sociais algumas vezes. Eles não queriam falar. Quando o boicote aconteceu, eles me procuraram. Então eu disse que não tinha mais nada para falar. (...) Eles não estão realmente tentando mudar algo", continuou.

Questionado sobre a sua relação com as redes sociais, Henry revelou que continua com o boicote e que não pensa em mudar tão cedo: "Estou bem sem as redes sociais. Eu durmo bem".