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Sylvinho atribui à torcida gol do Corinthians no fim: "Vitória da alma"

Do UOL, em São Paulo

02/11/2021 01h10

A Neo Química Arena lotada foi um ingrediente extra que ajudou na vitória do Corinthians sobre a Chapecoense, por 1 a 0, na visão do técnico Sylvinho. O triunfo foi conquistado no último lance, com um gol marcado por Róger Guedes.

Os três pontos eram muito importantes para nós, sabíamos que tínhamos condições de sair com ele, mas realmente não foi fácil. Nosso torcedor ajudou demais. Foi uma vitória de alma, de torcedor de estádio cheio. Já até falei e repliquei para os meus atletas: a vitória foi além de táticas, variações, atletas que entraram, e tantas outras variações, mas o gol saiu do estádio, lotado. É a vitória da alma", afirmou Sylvinho.

A partida foi a primeira do Corinthians com 100% da capacidade do estádio desde o início da pandemia da covid-19. Quase 40 mil torcedores tiveram que esperar até o último minuto para comemorar a vitória.

Durante a entrevista coletiva, Sylvinho foi questionado sobre o excesso de cruzamentos do Corinthians na partida. A equipe alçou 38 bolas na área da Chapecoense. No fim, o gol saiu de uma cobrança de escanteio desviada por Jô e finalizada por Róger Guedes.

"Quando você tem um time adversário que atrasa suas linhas, vem numa proposta de se defender, a melhor jogada que você tem no futebol é entrar entre linhas. Mas nem sempre ocorre isso porque essas linhas são curtas e você tem que buscar amplitude. Da amplitude, tem cruzamento, você não volta mais. O cruzamento é um passe quase incerto porque é um passe na área. Quando ela entra na amplitude é porque tudo por dentro está fechado, te resta o cruzamento", iniciou a explicação.

"O primeiro pau a gente ataca bastante porque não somos um time de muita altura. O cruzamento é o que resta depois que você consegue amplitude. O adversário só te deixou amplitude, por dentro ele não te deixou entrar. Nos faltou um pouco uma entrada de primeiro pau. Porque o atleta entra e, ou cria uma situação de gol, ou tira um marcador de dentro da área", completou.

Confira outras declarações de Sylvinho:

Escalação do Gabriel e Du Queiroz

Com relação ao Du, é um atleta que pode fazer a função, sim. Ele deu muita consistência de meio-campo, recuperando bola e entre linhas, dando com GP e Fagner, um lado direito bem forte. Nós atacamos muito por aquele lado e poderíamos ter merecido uma melhor sorte. Mas o futebol não é sorte, futebol é trabalho, é a bola entrar.

Já o Gabriel era o primeiro volante. Ele tem alternado durante o campeonato com o Cantillo. Em alguns momentos jogou Cantillo, outros Gabriel, nós temos essa alternativa. O que queríamos era um meio mais dinâmico para voltar mais Fagner, Róger, GP, ter a liberdade de Renato. Tínhamos muitos atletas acima da linha da bola com características ofensivas e técnicas apuradas.

No meio tempo, vimos que poderíamos usar outro desenho tático que já tinha sido visto contra o Inter.

As mudanças fazem parte porque você tem um grupo, não tem 11. Hoje tivemos a possibilidade de entrar num 433, segundo tempo fizemos 424, Renato começou como centroavante falso, veio para o meio, terminou como volante.

Ganhamos três pontos hoje, deu certo, e no Sul por um pouco a gente não leva os três pontos.

Dificuldade em marcar contra a Chapecoense

Nós tínhamos uma responsabilidade muito grande quanto ao resultado e até mesmo se ele fosse elástico. Mas de outro lado tem um adversário. Esse adversário tem números ruins, mas ele vem jogar o jogo da vida dele. São profissionais de alto nível, que defende as suas famílias, seu clube. O campeonato é um campeonato duro e nós sabíamos. O que faltou foi o primeiro gol com seis minutos, que tivemos uma boa possibilidade com o Du Queiroz, em uma jogada muito bem montada, treinada e do qual ele saiu na cara do gol. O goleiro da chapecoense fez um grande jogo e evitou que esse primeiro gol saísse e tivéssemos mais tranquilidade.

Quando você faz o primeiro gol e tem a tranquilidade de escolher as jogadas nos outros 80 minutos, fica mais fácil. Agora, quando você não faz o gol e tem que apressar as jogadas, fica mais difícil. Então você sempre vai jogando contra um adversário que vai para o chão, entra massagista, o árbitro para o jogo. Isso tudo leva a um nervosismo natural em campo, tira a concentração e você tem que acelerar.

Vaias ao seu nome na escalação

Nós temos um grupo do qual os atletas estão se manifestando muito. Giuliano, Renato, João Victor, entre outros, isso me chega porque não vejo, mas fico feliz porque eles têm elogiados nosso trabalho e o ambiente interno.

Estamos montando um time no meio do campeonato, chegaram quatro peças importantíssimas que não jogaram nem metade do campeonato. O ambiente nosso é ótimo e os atletas têm aflorado isso em suas entrevistas. Estamos alinhados com o presidente, que fala que estamos momento um bom time, que está sendo selecionado para a próxima temporada.

Parte do resultado está aparecendo sim, era uma equipe no primeiro turno, com muitos jogadores jovens. Quando cheguei havia uma preocupação enorme no começo do campeonato e o time tem se mantido entre sexto e sétimo já há algumas rodadas.

Estamos todos lutando dia a dia no CT, com uma demanda de horas enorme, suando e remando todos na mesma direção. O ambiente é ótimo e os atletas têm falado.

Renovação de Gabriel Pereira

O GP sempre disse que o assunto da renovação é de uma esfera da presidência, da diretoria, não era da minha esfera. O atleta dentro de campo sempre se comportou muito bem, não houve nenhum tipo de alteração em nenhum momento. O gerenciamento dele foi sem problema.

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