SP não reconhece dívida com agente e pede extinção de processo de R$ 12 mi
A disputa na Justiça entre São Paulo e André Cury ganhou novo capítulo. O Tricolor recorreu da decisão que o obriga a pagar R$ 12 milhões ao empresário pela intermediação nas vendas de Paulo Henrique Ganso e Lucas Pratto. E pediu para que o processo seja extinto, desobrigando o clube paulista a pagar o débito.
A ação foi ajuizada pela Link Assessoria Esportiva e Propaganda Ltda, empresa de Cury, que cobra do clube o pagamento de 5% a título de comissão ao empresário por ter atuado na negociação de Pratto para o River Plate, da Argentina. Além disso, Cury cobra comissão pela venda de Ganso ao Sevilla, da Espanha.
As partes acertaram então que o São Paulo pagaria R$ 7.438.750 em seis parcelas mensais de R$ 1.239.791,65, entre fevereiro e julho de 2021. Agora, à Justiça, o Tricolor diz que não reconhece a confissão de dívida. O São Paulo alega que não recebeu a terceira parcela do pagamento do Sevilla por Ganso.
De acordo com o Tricolor, a grana foi retida pelo Fisco espanhol. Segundo o São Paulo, ele só tem a obrigação de pagar quando receber a integralidade do pagamento do Sevilla.
Na negociação de Pratto, o São Paulo contesta o valor de 625 mil euros pedidos por Cury pela intermediação na venda do atacante para o River Plate. Segundo o Tricolor, "haveria variáveis a serem percorridas e apuradas pelas partes, até que se chegasse no valor líquido da pretensa obrigação, vez que a base de cálculo se estipulou não sobre o valor bruto de eventual transação, mas sim em cima do 'resultado líquido'", afirmou a defesa do clube na ação.
Depois da confissão de dívida assinada pelo então presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e Elias e Barquete Albarello, ex-diretor executivo financeiro, em 17 de agosto de 2020, o Tricolor não pagou nenhuma parcela do acordo. Com juros e correções, a dívida ultrapassa os R$ 12 milhões.
Segundo apurou a reportagem, o São Paulo atua para estancar a saída de dinheiro do caixa do clube às vésperas do fim do ano, quando precisa pagar além dos salários, o 13º dos funcionários. Assim, ganha fôlego para equacionar as dívidas em um momento com mais capacidade.
Procurada, a defesa de André Cury afirmou que não vai se pronunciar.
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