Como o Gre-Nal fez parte das campanhas de rebaixamento de Grêmio e Inter
Um clássico Gre-Nal com um time ameaçado de rebaixamento. Essa é a realidade que se apresenta para amanhã (6), quando vermelhos e azuis duelarão no Beira-Rio, pela 30ª rodada do Brasileiro. O confronto já foi caminho para fuga e também sublinhou rebaixamentos.
Inter e Grêmio somam três rebaixamentos na história: duas vezes o Tricolor, uma vez o Colorado. Nestes cenários, o Gre-Nal sempre esteve inserido.
Hoje o ameaçado é o Grêmio, que soma 26 pontos em 28 partidas. Um insucesso contra o tradicional oponente pode ser fatal, mas uma vitória pode catapultar a expectativa do time de Vagner Mancini.
Empate no início da queda do Grêmio
A primeira queda para a Série B entre os gigantes de Porto Alegre foi do Grêmio, em 1991. Naquela época, o calendário era diferente e o Brasileiro ia de fevereiro a junho. O formato também não era o mesmo. Na primeira fase, 20 times se enfrentavam em turno único e os quatro melhores classificados avançavam para a fase seguinte. Os dois últimos eram rebaixados.
Pela terceira rodada da competição, a partida, que foi disputada numa segunda-feira à noite, terminou empatada sem gols. Jornais da época relataram situações comuns a um Gre-Nal. Houve confusão, briga, chegadas ríspidas, violência e casa cheia no Olímpico, que recebeu mais de 45 mil pessoas.
"Um jogo muito disputado no meio-campo e quase nulo em ações de ataque, tornando-se, muitas vezes, violento", definiu o Jornal do Brasil, citando também que ao fim da partida o técnico Claudio Duarte, do Inter, quase agrediu o juiz. "A torcida bem que merecia um clássico de melhor qualidade", foi manchete de Zero Hora.
Ao fim da primeira fase daquele Brasileiro, o time azul, branco e preto, com 12 pontos, em penúltimo, foi rebaixado.
Inter afunda Grêmio em 2004
Em 2004, o formato do Brasileiro já era de pontos corridos. Mas, diferentemente de hoje, ao invés de 20 clubes eram 24 na competição. E o Grêmio terminou em último, com 39 pontos. Na reta final daquele campeonato, um clássico Gre-Nal ajudou a afundar o Tricolor.
O Inter já tinha vencido o primeiro duelo válido pelo nacional, por 2 a 0, mas foi o derradeiro que mais pesou. Em 23 de outubro, foi o 3 a 1 dos vermelhos que empurrou os azuis para a lanterna.
O jogo valia pela 37ª rodada e, com gols de Diego, Rodrigo Paulista e Fernandão, o Colorado venceu. Anderson fez o gol do Grêmio, e Claudiomiro ainda foi expulso.
Soco, expulsões e caminho para a queda em 2016
Só o Grêmio venceu clássicos no Brasileiro de 2016. E foi no primeiro turno, por 1 a 0. O jogo que poderia colocar o Inter mais para baixo na tabela, porém, teve muita briga e pouco futebol.
Em uma partida com rivalidade extrema, Edilson e Rodrigo Dourado trocaram socos e acabaram expulsos. William e Bolaños se reencontraram após o lateral ter fraturado a mandíbula do atacante em um clássico anterior. Mas o que sobrou de vontade para brigar faltou em capacidade de vencer.
Sem gols, o cenário não era tão ruim para o Inter ao fim da 32ª rodada. O time treinado por Celso Roth tinha desgarrado da zona de rebaixamento e dormiu em 15º. O Grêmio era nono. Mas foi o empate com o Tricolor que abriu caminho para a queda. Depois dele, o Inter só venceu um dos seis jogos que teve até o fim do campeonato, que o deixou em 17º e rebaixado para Série B pela primeira vez.
Gre-Nal já salvou Grêmio
O caso mais lembrado pelos gremistas nos dias que antecedem o jogo de amanhã aconteceu em 2003. Foi quando o Grêmio, que entrou em campo na última posição, bateu o Inter no Beira-Rio lotado, por 1 a 0, gol de Christian.
Na ocasião, os três pontos foram insuficientes para deixar a zona da degola, mas impulsionaram uma campanha de recuperação que levou a equipe azul a terminar o campeonato em 20º, fora da zona de rebaixamento daquele ano.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.