Agressão de atleta do PSG lembra caso olímpico que virou sucesso no cinema
O mundo do futebol foi surpreendido na manhã de hoje (10), quando a polícia francesa anunciou que a jogadora Aminata Diallo havia sido detida suspeita de ter participado de uma agressão a Kheira Hamraoui. As duas são companheiras de PSG e disputam inclusive a titularidade no meio de campo da equipe francesa.
Impossível não relembrar de outro famoso caso de agressão envolvendo companheiras de esporte. Em 1994, Nancy Kerrigan e Tonya Harding eram as duas maiores expoentes da patinação artística do Estados Unidos.
Às vésperas do campeonato nacional de patinação em Detroit daquele ano, após uma sessão de treinos, Kerrigan foi atacada por alguém com uma barra de ferro, que golpeou as pernas da patinadora.
Além de não participar do torneio nacional, o ataque contra Kerrigan logo gerou possibilidade de ela ser cortada da equipe de patinação que participaria dos Jogos de Inverno de Lillihammer, na Noruega, que seriam disputados ainda em 1994. Sem Kerrigan na disputa, a grande beneficiada para a Olimpíada de Inverno seria sua rival, e compatriota, Tonya Harding.
As lesões em Kerrigan se mostraram não tão graves. Mas o que deixou todos estupefatos foi a trama por trás da agressão que ela sofreu. Com o passar dos dias, a investigação do FBI foi aproximando os autores do ataque a Tonya Harding. Jeff Gillooly, então marido de Tonya, e Shawn Eckhardt, que era o guarda-costas da patinadora, foram os mentores intelectuais do crime, que foi executado por Shane Stant.
Harding venceu o campeonato nacional e se classificou para os Jogos Olímpicos na Noruega. Kerrigan, recuperada dos golpes que sofreu no joelho, também foi à Olimpíada de Inverno naquele ano, o que resultou em uma grande confusão. Ambas eram companheiras de seleção, mas Harding passou a treinar em horários diferentes.
Durante a competição, Kerrigan conseguiu ter um ótimo desempenho e ficou com a prata. O destino não sorriu para Harding. Com problemas nos cadarços de seus patins, e enfrentando a pressão de ter virado a inimiga pública número 1, ela sucumbiu à pressão e não se classificou às finais.
Por ter declarado no curso das investigações que obstruiu a Justiça porque sabia quem estava por trás do ataque a Kerrigan, a Associação de Patinação dos Estados Unidos retirou o título que ela havia obtido em Detroit e a baniu da patinação pelo resto da vida.
Em 2017, a história foi contatada no filme "Eu, Tonya". Margot Robbie faz o personagem de Harding. O filme foi indicado para três Oscar — atriz (Margot Robbie), atriz coadjuvante (Allison Janney) e edição. Allison Janney recebeu a estatueta por ter interpretado a mãe de Harding, LaVona Golden.
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