Público de Brasil x Colômbia frustra CBF em semana de concorrência com F1
No primeiro jogo da seleção brasileira com possibilidade de ocupação de 100% do estádio desde a volta da torcida às arquibancadas no país, a presença de público passou longe do ideal, frustrando os planos da CBF para o duelo contra a Colômbia, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.
Apesar da renda de R$ 7.111.200 no evento em São Paulo — que terminou com o placar de 1 a 0 —, a meta da entidade não foi atingida considerando um jogo que teve R$ 300 como valor mínimo de ingresso e registrou 22.080 presentes na Neo Química Arena. A capacidade da Neo Química Arena é de aproximadamente 45 mil pessoas.
O desempenho relativamente ruim de vendas coincide com a semana na qual a capital paulista recebe a Fórmula 1, no Autódromo de Interlagos, após um hiato em 2020 gerado pela pandemia. No ciclo passado, a título de comparação, o Brasil enfrentou o Paraguai no mesmo estádio do Corinthians. O duelo em 2017 teve 44.378 torcedores, com renda de R$ 12,3 milhões.
Os pouco mais de 22 mil presentes ontem (11), inclusive, não são necessariamente pagantes, já que a CBF distribuiu 8 mil entradas para profissionais de saúde, ao perceber que a procura por entradas para a partida estava muito baixa. Em uma parcial fornecida pela CBF horas antes do apito inicial, havia 20 mil ingressos vendidos, totalizando 28 mil bilhetes distribuídos.
O valor de R$ 300 (inteira) foi cobrado para o setor Norte, à esquerda das cabines de TV. No lado oposto, foi o dobro: R$ 600. Inferior Oeste custou R$ 800, enquanto a superior em Leste e Oeste saiu a R$ 600. A arquibancada mais cara foi a Leste inferior, custando R$ 800.
Na Fórmula 1, os valores variam conforme o setor de arquibancadas ao longo do autódromo de Interlagos. O ingresso mais barato, válido sempre para os três dias de atividades de pista, é de R$ 650,00 para o famoso Setor G, na Reta Oposta, com R$ 325,00 para meia-entrada. Ainda quanto às arquibancadas, o setor mais caro é o B, no valor de R$ 3.280,00, somente com vendas para valor cheio.
Em termos de demanda para a cidade, a F1 é um evento muito mais raro. Quanto aos jogos da seleção, por outro lado, o estádio do Corinthians já tinha abrigado nestas Eliminatórias confrontos contra Bolívia, sem torcida, e os cinco minutos diante da Argentina, para o qual a CBF abriu a convidados.
A baixa procura da capital paulista contrasta com o calor humano que a seleção experimentou em Manaus, primeiro jogo em casa com volta do público. Ainda havia limitação, mas a delegação foi ovacionada a cada passagem pelo hotel e ainda teve treino aberto. Na Arena da Amazônia, o público foi de 12.528 presentes.
Na CBF, a escolha pelo estádio do Corinthians não chegou a ser unanimidade. Houve quem defendesse que o jogo deveria ter sido no Nordeste. Mas a questão técnica do gramado da Neo Química Arena, um dos melhores do Brasil. Colaborou. Além disso, fez sentido pensando na logística de treinos e na viagem para o próximo jogo, que será em San Juan, contra a Argentina.
Tirando o jogo suspenso contra os próprios argentinos, a seleção brasileira fará mais duas partidas em casa pelas Eliminatórias. Em 1º de fevereiro, contra o Paraguai, será no Mineirão, em Belo Horizonte. A última, em 24 de março, ficou para a Arena Fonte Nova, em Salvador.
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