Mancini diz que Grêmio "errou muito" e vê emocional desequilibrado
A derrota do Grêmio para o América-MG, pelo placar de 3 a 1, fez Vagner Mancini adotar um discurso mais franco, aberto, sobre o rendimento do time gaúcho. Hoje (13), depois do jogo válido pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, o técnico foi direto ao citar os motivos que ele entende terem sido decisivos para novo resultado ruim. O treinador ainda justificou as escolhas para iniciar a partida e as trocas realizadas ao longo do duelo.
O Grêmio chegou a 18 derrotas no Brasileirão, mesmo número da Chapecoense, lanterna do campeonato e já rebaixada para Série B. O time gaúcho segue em penúltimo, com 29 pontos, e precisa de pelo menos mais quatro vitórias em sete jogos restantes.
Contra o América-MG, a derrota começou cedo. Logo aos quatro minutos. O gol de Felipe Azevedo irritou a diretoria, que cobrou publicamente o time. Mancini foi mais sutil.
"Nós enxergamos o que aconteceu no jogo. Não fiquei satisfeito, de maneira alguma. Vi um time com erros que pesaram muito ao longo da partida. O fato de levar 1 a 0 no começo, 2 a 0 no final do primeiro tempo e 3 a 0 no comecinho do segundo tempo acabou, de certa forma, influenciando em alguns aspectos que são importantes em um jogo de futebol. Você acaba jogando com o emocional muito desequilibrado. Você leva o segundo gol depois de uma confusão, de foi pênalti ou não foi, e aí você retorna para o segundo tempo e leva o terceiro gol. Aí tem que fazer muito mais força e isso acabou influenciando no desempenho. Vi uma equipe que errou muito. Faltou um pouco de criatividade. Uma equipe que desperdiçou muito a bola. E temos que arrumar isso rapidamente, pois terça-feira tem jogo novamente", disse o treinador do Grêmio.
A escalação do time teve Alisson improvisado no meio-campo e Jaminton Campaz na reserva. Questionado sobre a escolha pelo camisa 23, em detrimento do colombiano, Vagner Mancini pediu paciência.
"Sempre que a gente ganha, eu não recebo esse tipo de pergunta. Quando a gente perde, é natural que o torcedor fique incomodado. A gente fica, então imagina o torcedor. É natural que as redes sociais comecem a bombar. Uns querendo A, B, C, D, E. Se cada um tem um time na cabeça, por que o treinador não pode ter o dele? Eu acompanho o dia a dia do trabalho. É óbvio que o treinador quer montar o melhor time. Eu tenho montado estratégias para cada jogo. Não quer dizer que A, B ou C tenham que ser titulares ou não. Depende do que é feito durante a semana", declarou. "Eu não posso ter uma lista de jogadores que não podem atuar. Eu entendo o torcedor. Faço parte, faço coro, com muita coisa que eu escuto. Mas eu não posso ter uma lista de quem não pode entrar. Se não, daqui a pouco vou ter 12 jogadores para usar. Eu não posso botar um X nas costas de ninguém dando entender que esse atleta não pode entrar em campo. Nós temos que salvar o Grêmio. Tenho que usar todo mundo. Vou tirar a arma de um soldado na guerra porque não gostam dele. Não! Peço um pouquinho de paciência ao torcedor. Tem jogador que nem jogador comigo e é riscado 'esse não pode pôr'. Como não pode pôr? O Grêmio vai jogar a cada três dias, como não vou usar?", acrescentou.
O Grêmio volta a campo diante do Red Bull Bragantino, na terça-feira (16), em Porto Alegre.
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