Santos sofre menos gols no 2º turno e responde a trabalho de Carille
A defesa do Santos foi o setor mais contestado pelo técnico Fábio Carille desde a sua contratação. Falhas em jogadas aéreas, demora na recomposição e vulnerabilidade nos duelos diretos com o adversário fizeram o comandante alvinegro promover diversas alterações, inclusive no esquema tático. Hoje, com um time mais consolidado, é possível ver na prática que o ajuste na retaguarda foi fundamental para a recuperação no Campeonato Brasileiro.
O empate sem gols com o Atlético-GO, ontem (13), no estádio Antônio Accioly, foi o segundo jogo consecutivo do Santos sem sofrer gols. A novidade nesta breve sequência é o retorno de dois jogadores que foram titulares por bastante tempo no primeiro turno. Luiz Felipe e Kaiky se recuperaram de contusões musculares e formam o trio de zaga ao lado de Danilo Boza.
O bom momento da defesa, contudo, tem muito mais a ver com os ajustes realizados por Carille, considerado um técnico especialista nesse assunto. Além de considerar que o time não pode atuar mais sem um trio de zaga, reformulou todo o meio-campo. Vinícius Zanocelo e Felipe Jonatan têm importante papel na proteção da zaga e na saída de jogo, assim com Marcos Guilherme - ou Gabriel Pirani - na construção de jogadas.
Isso ficou evidente nas últimas quatro partidas. O Peixe somou dez pontos e só foi vazado na derrota para o Palmeiras por 2 a 0. A sequência fez o time melhorar os seus números no Brasileirão. Desde que Carille chegou, o Santos não sofreu gols em oito dos 13 jogos, resultando em quatro vitórias (Grêmio, Fluminense, Red Bull Bragantino e Athletico-PR) e quatro empates (Atlético-GO, Sport, Ceará e Bahia).
Ao todo, são 11 gols sofridos em 13 partidas no segundo turno, o que equivale a uma média inferior a um gol por partida. Na primeira metade do campeonato, quando era comandado por Fenrnando Diniz, o Santos levou 25 gols em 19 jogos, o que representa uma média de 1,32 gol por encontro. Nessa parte da competição, o Santos levou gol em 13 partidas.
Apesar de já ter feito mudanças significativas, Carille acredita que ainda está em um processo de transformação no clube. "Hoje, já está tendo um entendimento legal, mas não dá para chegar num clube e ir arrumando tudo. Muitas coisas já melhoraram e lá atrás está dando uma resposta boa", comentou o treinador em referência à sua defesa.
Para a continuidade do trabalho, o objetivo dele também é agora fazer o Santos corresponder no ataque, onde permanece com uma baixa média de gols -são 28 marcados em 32 jogos. Desde que Carille chegou, foram oito gols em 13 partidas. Mas apenas um deles, na derrota para o Atlético-MG por 3 a 1, não representou nenhum ponto na competição.
"Tem jogo que a parte ofensiva nos dá uma resposta bem positiva e tem dias que falta. Essa é a minha busca agora: passar a bola pelo meio-campo para construir mais. Passando isso, a possibilidade aumenta de finalizar mais no gol adversário", explicou.
O próximo adversário para dar sequência ao projeto é a lanterna Chapecoense. O duelo acontece na próxima quarta-feira (17), na Vila Belmiro. Se vencer, o Santos se distancia de vez da zona de rebaixamento do Brasileirão. No momento, a equipe soma 39 pontos e ocupa o 12º lugar, ficando seis pontos à frente do grupo dos últimos quatro colocados.
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