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Santos joga mal, mas vence Chapecoense e fica mais longe do descenso

Marinho e Felipe Jonatan comemoram gol do Santos contra a Chapecoense - Fernanda Luz/AGIF
Marinho e Felipe Jonatan comemoram gol do Santos contra a Chapecoense Imagem: Fernanda Luz/AGIF

17/11/2021 20h55

O Santos foi pressionado, passou um certo sufoco, mas derrotou a já rebaixada Chapecoense por 2 a 0, hoje (17), na Vila Belmiro, pelo Campeonato Brasileiro. Jogando mal, o Peixe mais uma vez não foi incisivo no ataque e contou com uma jornada inspirada do sistema defensivo para construir o resultado. Marinho fez o primeiro gol em cobrança de pênalti e deixou o campo com uma lesão ainda no primeiro tempo. Marcos Guilherme completou o placar.

Essa foi a quarta vitória do Santos nas últimas seis partidas. A arrancada do Peixe acontece no momento em que o clube passou a ser seriamente ameaçado de rebaixamento. Antes de bater a Chape, o Alvinegro havia superado Fluminense, Athletico-PR e Red Bull Bragantino, empatado fora de casa com o Atlético-GO e perdido para o Palmeiras. São 13 pontos somados em 18 disputados desde que o time entrou no Z-4.

O resultado de hoje fez o Santos subir uma posição na tabela. A equipe de Fábio Carille chegou aos 42 pontos e ocupa o 11º lugar, seis pontos acima do Bahia, que está em 17º, liderando a zona de descenso. O time baiano tem dois jogos a menos, porém.

Faltando cinco partidas para o fim do Brasileirão, o Peixe ainda corre risco de queda, mas pode ficar mais aliviado, pois ainda terá mais dois confrontos na Vila Belmiro: contra Fortaleza e Cuiabá.

Na próxima rodada, o Santos tem um clássico pela frente. O Peixe vai enfrentar o Corinthians, na Neo Química Arena, em um reencontro do técnico Fábio Carille com o time que o projetou na carreira. A partida será no domingo (21), às 16 horas. A Chapecoense volta a atuar na Arena Condá, no sábado (20), às 17 horas, contra o Grêmio.

O melhor: Luiz Felipe

O zagueiro é o símbolo do bom sistema defensivo do Santos. Atuando na sobra, esteve sempre bem colocado e aliviou a barra de muitos colegas com seus desarmes. Desde que voltou ao time, o Peixe não sofreu mais gols. Foi assim também na vitória sobre o Red Bull Bragantino e no empate com o Atlético-GO. Nos últimos seis compromissos, o Alvinegro não foi vazado em cinco.

Chape deixa Santos em dificuldade

O fato de a Chapecoense já estar rebaixada não fez a menor diferença para o início do confronto. O duelo foi bastante equilibrado praticamente até os 30 minutos. O time catarinense apresentou uma marcação bem ajustada, enquanto o Santos mostrou a sua habitual dificuldade no ataque. Sobraram disputas no meio-campo e faltaram finalizações de ambos os lados.

Cinco minutos de VAR

Com o duelo sem apresentar tendência de domínio de nenhum lado, o Santos contou com o vacilo da defesa da Chapecoense para se mostrar na área adversária. Marinho recebeu um passe de costas para a defesa e, ao tentar girar, foi tocado por Jordan, o que provocou a marcação do pênalti aos 27 minutos. Entre reclamações dos jogadores da Chape, a análise do VAR e o pedido de revisão ao árbitro Paulo Cesar Zanovelli da Silva, foram cinco minutos de paralisação.

Marinho do céu ao inferno

O principal jogador do Santos não teve um bom começo da partida. Errou passes, lançamentos, teve dificuldade no domínio de bola e não conseguiu levar a melhor no duelo com Busanello. Mas tudo mudou a partir do pênalti marcado. Aos 27 minutos, ele cobrou e abriu o placar com um chute no canto esquerdo, marcando seu sexto gol no Brasileirão. Dez minutos depois, veio a notícia ruim. Ao dar um pique na esquerda para marcar a saída de bola adversária, sentiu uma fisgada na coxa direita e precisou ser substituído na hora por Ângelo.

Atrás no placar, Chape tenta abafar

A desvantagem inesperada não desmoronou o emocional dos jogadores da Chape. O time catarinense passou os últimos 20 minutos do primeiro tempo pressionando o adversário e criou duas excelentes chances para empatar. Na primeira, uma boa tabela dentro da área sobrou para Mike chutar no canto esquerdo. João Paulo espalmou. Já aos 46 minutos, Mike testou novamente o goleiro santista. O chute dessa vez tinha o ângulo direito como alvo, obrigando o adversário a fazer um "milagre".

Santos muda sistema e não mexe no time

As dificuldades na reta final do primeiro tempo obrigaram o Fábio Carille a mexer em seu sistema híbrido de jogo. Marcos Guilherme, que começou a partida como um ala esquerdo, foi deslocado para o meio-campo. Felipe Jonatan foi recuado para sua posição de origem. A preocupação do técnico santista era clara. No primeiro tempo, a Chapecoense teve 55% de posse de bola e arriscou seis finalizações —o dobro dos santistas. Ainda fez o goleiro João Paulo trabalhar bastante. Por isso, o zagueiro Luiz Felipe já havia dado a receita no intervalo: "Tem que manter a pegada, é final para a gente. Não pode baixar a concentração nem por um minuto", declarou em entrevista ao canal Premiere.

Segundo tempo fica truncado

O Santos volta do intervalo com a proposta de sair mais para o jogo após a entrada de Gabriel Pirani no lugar de Camacho. Na prática, nada disso aconteceu, e o Peixe voltou a ser alvo das investidas ofensivas da Chapecoense. Foram duas finalizações em menos de dez minutos. Enquanto isso, os donos da casa estavam tímidos e sem iniciativa. Até a primeira metade da etapa final, apenas uma finalização em gol. Gabriel Pirani não viu Madson passando livre pela direita e arriscou a gol para fácil defesa de João Paulo.

Segundo gol vira alívio

O Santos não fez por merecer um resultado muito amplo diante da pressão que chegou a sofrer da Chapecoense. Mas conseguiu o segundo gol em um jogada pela direita aos 39 minutos. Raniel, que havia entrado em lugar de Tardelli, acionou Pirani. O cruzamento rasteiro foi perfeito e encontrou Marcos Guilherme livre para empurrar para as redes.

Ficha técnica

Santos x Chapecoense
Motivo:
33ª rodada do Campeonato Brasileiro
Data: 17 de novembro de 2021 (quarta-feira)
Horário: 19 horas (de Brasília)
Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Árbitro: Paulo Cesar Zanovelli da Silva (MG)
Assistentes: Guilherme Dias Camilo (MG) e Ricardo Junio de Souza (MG)
VAR: Emerson de Almeida Ferreira (MG)
Cartões amarelos: Jordan, Busanello (Chapecoense); Ângelo (Santos)
Gols: Marinho, aos 27min do primeiro tempo, e Marcos Guilherme, aos 39min do segundo tempo (Santos)

Santos: João Paulo, Pará (Wagner Leonardo), Luiz Felipe e Danilo Boza; Madson, Camacho (Gabriel Pirani), Vinicius Zanocelo, Felipe Jonatan e Marcos Guilherme; Marinho (Ângelo) e Diego Tardelli (Raniel). Técnico: Fábio Carille

Chapecoense: João Paulo; Ezequiel, Laércio, Jordan e Busanello (Marquinho); Moisés Ribeiro (Alan Santos), Anderson Leite e Denner (Lima); Mike (Bruno Silva), Kaio Nunes (Geuvânio) e Henrique Almeida. Técnico: Felipe Endres