Rivalidade que passa por quatro torcidas preocupa para a Copa do Brasil
Mal começou o segundo tempo de Athletico-PR x Atlético-MG, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro, e o árbitro Sávio Pereira Sampaio (DF) interrompeu a partida. O motivo foi a briga entre os torcedores do Furacão e do Galo, nas cadeiras da Arena da Baixada. Mas qual o motivo de uma rivalidade entre clubes de cidades separadas por mais de 800 quilômetros e sem um histórico de decisão entre eles?
A resposta não tem a ver com o que acontece em campo, mas com as torcidas, com as coligações interestaduais. Os Fanáticos, Império Alviverde, Galoucura e Máfia Azul, as organizadas de Athletico-PR, Coritiba, Atlético-MG e Cruzeiro, respectivamente. A torcida do Furacão é irmã da torcida cruzeirense, enquanto atleticanos e coxas-brancas são unidos.
Parcerias que também criaram rivalidade. Por razões óbvias, quem é membro dos Fanáticos odeia quem é da Galoucura. O inverso é a mesma coisa, assim como a Máfia Azul não gosta da Império Alviverde, e vice-versa. A explicação para a briga no começo do segundo tempo da partida de anteontem é a rivalidade entre as organizadas.
Em dezembro, na final da Copa do Brasil, Atlético-MG e Athletico-PR vão se enfrentar mais duas vezes. Dia 12, em Belo Horizonte, e dia 15, em Curitiba. A briga mais recente, a rivalidade que envolve quatro torcidas organizadas e o peso das partidas, já que está em disputa um título nacional. Combo perfeito para novas confusões. Por esses motivos, as autoridades mineiras e paranaenses já mostram preocupação e planejam ações conjuntas.
Limitar o número de ingressos para os visitantes das duas partidas finais da Copa do Brasil é uma das estratégias. De acordo com o Estatuto do Torcedor, o clube local tem de ceder 10% da capacidade do estádio para o time visitante. Portanto, o Athletico-PR teria direito a cerca de 6 mil entradas no jogo da ida, no Mineirão, enquanto o Atlético-MG teria aproximadamente quatro mil bilhetes na volta, na Arena da Baixada. Mas as duas diretorias e os órgãos competentes de Minas Gerais e Paraná devem limitar a 2 mil ingressos para o setor visitante, nas duas partidas.
Escolta e recepção
A relação entre torcidas organizadas de estados diferentes é muito mais do que exibir uma bandeira. A segurança é um dos motivos, por incrível que pareça. No jogo de anteontem, em Curitiba, a Galoucura chegou num comboio de quatro ônibus e com escolta, não da Polícia Militar, mas uma escolta por membros da Império Alviverde, em motos e carros particulares. É uma proteção para inibir qualquer ação da torcida local, como emboscadas.
Também é comum que as organizadas recebam as torcidas que são irmãs com festas, com churrascos. Algo que certamente vai acontecer em Belo Horizonte e Curitiba, no começo de dezembro. A Máfia Azul vai dar toda a segurança para que os Fanáticos estejam em BH para o primeiro jogo da final. Assim como a Império Alviverde fará novamente na capital paranaense para recepcionar a Galoucura.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.