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Ex-River Plate, dirigente diz que para o Brasil não pode vir um nível B

Do UOL, em São Paulo

19/11/2021 04h00

Durante sua passagem pelo River Plate, Gustavo Grossi foi o responsável por procurar jogadores de outros países sul-americanos que pudessem integrar o clube argentino. Agora, ele exerce essa função, entre outras, no Internacional, Mas o atual diretor executivo da base do Colorado afirma que no Brasil a busca por atletas estrangeiros é mais criteriosa.

Em entrevista a Mauro Cezar Pereira no programa Dividida, do Canal UOL, Grossi afirma que considera o jogador brasileiro como o melhor do mundo e não pretende buscar atletas de outros países apenas para criar concorrência com os oriundos da base do Inter, fazendo com que apenas jogadores de primeiro nível possam ser contratados em ocasiões nas quais o clube não tiver uma opção caseira.

"Embora seja argentino, falei o mesmo e vou falar, o atleta brasileiro é muito bom, para mim o melhor do mundo, tem o melhor talento, então aqui no Brasil não pode vir um atleta sul-americano nível B, não vai jogar. Então, a ideia é buscar algum sul-americano de primeiro nível, que tenha um espaço onde nós precisamos de um atleta com essa característica e que a base não pode formar, e que tenha minutagem que possa encontrar um espaço de destaque", diz Grossi.

"Não passa por trazer atletas para competir contra um brasileiro. Se nós não temos, encontramos um estrangeiro e aí pode dar certo, mas a prioridade aqui sempre vai ser um brasileiro e depois estará a busca sempre na intenção de se encontrar uma solução dentro da América do Sul, mas o projeto é principalmente saber que o que vem de fora, seja na base, ou no profissional, tem que ser um destaque, senão, o projeto vai parar a construção de talentos de atletas brasileiros", completa.

Gustavo Grossi cita o colombiano Juan Cuesta, oriundo do Independiente Medellín, como um dos atletas nesta condição, que chegou cedo ao clube para integrar o sub-20 e já fez partidas no time principal.

"A respeito da busca de atletas sul-americanos que podem dar certo aqui no Brasil, de jovens que podem terminar sua transição, sua formação aqui no Brasil, é uma busca muito pontual e específica, nós agora temos um só atleta, que iniciou fazendo parte do time sub-20 para fazer esse processo, deu certo nos primeiros três meses, recentemente foi para o profissional treinar mais três meses e pode estrear no time principal", explica.

"Nós também tivemos uma primeira boa experiência, vindo aqui um jogador colombiano, Juan Manuel Cuesta, que veio sem encargo, com um salário muito baixo, ele já jogou três jogos no time principal, ele já foi também destaque no sub-20 para chegar, afinal, ele é o único estrangeiro que nós decidimos ter na categoria 2002, com 18 anos, e ele termina, está fazendo esse seu trabalho", conclui.

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