Investigação de ataque a ônibus do São Paulo cita conselheiro do clube
Uma investigação da Polícia Civil de São Paulo cita a possível participação de um conselheiro do São Paulo no planejamento do atentado ao ônibus do clube, em janeiro deste ano, antes da partida contra o Coritiba, pelo Brasileirão. A informação foi dada pelo ge e confirmada pelo UOL Esporte.
O nome do conselheiro que teria participado do planejamento não foi revelado. Desde a época do atentado havia no São Paulo a desconfiança de que alguém de dentro do clube teria vazado detalhes da logística que o ônibus faria naquele dia. Além dos jogadores e da comissão técnica, estavam no veículo o presidente Júlio Casares e membros da diretoria.
Os criminosos chegaram ao local horas antes da passagem do ônibus, e montaram uma pequena estrutura em um galpão abandonado, onde foram encontrados dois carros, pedaços de madeira, metal, pedras e explosivos, o que corrobora a tese de que existia conhecimento prévio da rota.
A investigação do incidente corre sob sigilo na Justiça. Procurada pela reportagem, a Secretaria de Segurança Pública informou que não poderia passar detalhes sobre o caso.
Pressionado na época por uma série de quatro jogos sem vitórias, o São Paulo foi para o Morumbi em uma rota diferente da que costumava fazer. O veículo foi atacado em uma rua por onde quase nunca passava normalmente. Quatorze pessoas foram identificadas e presas em flagrante na época, mas já respondem em liberdade.
Na decisão de julho que concedeu liberdade provisória a Rebert Pereira, um dos réus, o desembargador Willian Campos citou o trecho da decisão do juiz de primeira instância pela prisão preventiva. Nela, é mencionada a possibilidade de participação de um conselheiro.
"Nesse passo, o magistrado a quo decretou a prisão temporária do paciente e outros dois corréus, sob o fundamento de que é possível verificar a existência de indícios de autoria e de materialidade do fato, eis que apurados, em tese, a participação de um conselheiro do clube, que passou informações privilegiadas aos agentes, e o bar utilizado por eles para combinar as atividades criminosas".
A Polícia Militar encontrou com os criminosos bombas confeccionadas com bolas de bilhar e pregos - segundo os especialistas antibombas, poderiam ter causado até a morte de jogadores caso os atingissem. Pedras foram parar dentro do ônibus do São Paulo, e autores do ataque entraram em conflito, ferindo três policiais.
"Estava presente no fatídico dia do ataque ao ônibus da nossa delegação. Poderia ter morrido neste incidente. O São Paulo sempre se colocou à disposição para colaborar na investigação dos fatos. Vamos acompanhar de perto, com a expectativa de que os culpados sejam punidos com o rigor da lei", disse o presidente do São Paulo, Júlio Casares, em contato com o UOL Esporte.
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