Athletico anula Bragantino, marca com Nikão e conquista a Sul-Americana
O Athletico conquistou a Copa Sul-Americana pela segunda vez em sua história. Com uma atuação muito segura na defesa, a equipe campeã em 2018 contou com um golaço de Nikão para vencer o Bragantino por 1 a 0 na tarde de hoje (20), no estádio Centenário, em Montevidéu.
O primeiro tempo foi bem morno, e o gol, aos 28 minutos, saiu após um vacilo dos dois laterais do Massa Bruta. Depois de boa defesa de Cleiton, Nikão acertou um voleio - a bola bateu na trave entrou. Depois do intervalo, o Rubro-Negro ficou com o título ao se fechar ainda mais e resistir bem as tentativas do Massa Bruta, que tentou, sem sucesso, explorar as laterais.
Quem foi bem: Terans
O uruguaio, nascido em Montevidéu, se sentiu em casa no Centenário. Habilidoso, o atacante atuou pelo lado esquerdo e levou a melhor sobre a marcação na maioria das vezes. O gol também surgiu de um bom chute dado por ele.
Quem foi mal: Artur
O atacante era a grande esperança para driblar e quebrar a linha de marcação do Furacão. Mas, em uma tarde de pouco brilho, sumiu no meio da marcação adversária e quase não ajudou a criar as jogadas.
Furacão acerta na tática
Sem uma grande exibição na parte técnica, o Athletico foi perfeito na aplicação tática. A equipe soube se fechar, posicionar seus jogadores para ameaçar o contragolpe e, quando atacou, não ficou exposto.
Braga tem a bola, mas sem objetividade
O Massa Bruta ficou mais com a bola durante quase todo o tempo e o até ficou no campo ofensivo. Contudo, não conseguiu encontrar espaços para articular as jogadas e furar o bloqueio feito pelo clube paranaense.
Nikão decide de novo
Com uma despedida do Athletico cada vez mais provável, o atacante Nikão deixou sua marca e fez a diferença mais uma fez. Depois da grande exibição contra o Flamengo na Copa do Brasil, o jogador foi muito esperto e preciso para anotar o gol que garantiu a conquista ao Furacão.
Sonolento
Pouca coisa aconteceu na primeira metade do primeiro tempo. O time paulista tinha mais bola, contudo cercava a área do adversário sem levar perigo ao goleiro Santos. A melhor jogada veio com Cuello, que aproveitou o rebote de um escanteio e mandou rente a trave, aos 19 minutos.
Laterais vacilam e Furacão marca
Pedro Henrique lançou da direita aos 28 minutos e Aderlan tinha tudo para tirar a bola sem grandes problemas. No entanto, o defensor furou e deixou a bola com Terans, que bateu firme para a defesa de Cleiton. A bola subiu no rebote e Nikão aproveitou o cochilo de Edimar para acertar um lindo voleio. A bola ainda tocou no pé na trave antes de balançar a rede para abrir o placar.
A vantagem fez com que o Rubro-Negro melhorasse na partida e diminuísse os espaços para o Massa Bruta. Nos minutos finais, a equipe paulista conseguiu vantagem em duas bolas aéreas, porém sem levar perigo ao gol.
Furacão se fecha na segunda etapa
Depois de um jogo um pouco mais aberto na volta do intervalo, o Athletico recuou completamente e deixou a equipe paulista pela bola. Na tentativa de abrir o campo, o Braga trabalhou muito pelas laterais, entretanto não conseguiu evoluir.
A primeira mudança do técnico Maurício Barbieri veio somente aos 30 minutos, quando tirou Edimar, que teve uma atuação muito abaixo, e colocou Luan Cândido. Do lado do Athletico, os jogadores que iriam sair sempre se jogavam no campo e faziam que a troca demorasse mais do que o necessário.
Nos minutos finais, o Braga trocou todo mundo do ataque e, com gás novo, ensaiou uma pressão. No entanto, a cabeça do zagueiro Léo Ortiz que mais ameaçou o goleiro Santos.
Decepção nas arquibancadas
A presença de público no Centenário foi baixa. A Conmebol colocou todos os torcedores na parte central do campo e onde as câmeras filmavam, mas, nem assim, conseguiu lotar o setor.
Antes de a bola rolar, um pequeno show do Barões da Pisadinha, que durou pouco mais de seis minutos, colocou todo mundo para dançar, mas os espaços vazios, como atrás dos gols, fizeram com que o espetáculo não fosse contagiante.
Arbitragem sem trabalho
O árbitro Andrés Matonte comandou muito bem o confronto, mas também pouco precisou atuar. Os dois times colaboraram e o jogo teve poucos lances perigosos ou duvidosos. Andres Cunha, que estava no VAR, não apareceu.
A sequência
O Furacão volta a campo nesta quarta (24), às 21h30, quando visita o São Paulo no Morumbi pela 34ª rodada do Brasileirão. Já o Bragantino teve seu jogo (vitória por 3 a 0 sobre o Sport em casa) da 34ª rodada adiantado. Por isso, atua novamente apenas no sábado (27), às 19h30, em duelo já pela 36ª rodada, quando recebe o América-MG no Nabi Abi Chedid.
FICHA TÉCNICA
ATHLETICO 1 x 0 BRAGANTINO
Data: 20/11/2021 (sábado)
Local: Estádio Centenário, em Montevidéu (URU)
Hora: 17h (de Brasília)
Árbitro: Andrés Matonte (URU)
Auxiliares: Martin Soppi (URU) e Carlos Barreiro (URU)
VAR: Andres Cunha (URU).
Gols: Nikão (28'/1ºT) para o Athletico
Cartões amarelos: Léo Cittadini, Erick (ATH); Fabrício Bruno, Aderlan (BRA).
Athletico: Santos; Pedro Henrique, Thiago Heleno e Nico Hernández (José Ivaldo); Marcinho, Erick (Fernando Canesin), Léo Cittadini (Nicolas) e Abner; Nikão, Kayzer (Pedro Rocha) e Terans (Cristian). Técnico: Alberto Valentim.
Bragantino: Cleiton; Aderlan, Fabrício Bruno, Léo Ortiz e Edimar (Luan Cândido); Jadsom, Praxedes (Gabriel Novaes) e Helinho; Artur (Leandrinho), Cuello (Alerrandro) e Ytalo (Hurtado). Técnico: Maurício Barbieri.
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