Ídolo do Santos critica equipe defensiva e pede Marinho livre para decidir
Quando entrar na Vila Belmiro nesta quinta-feira, às 19h, contra o Fortaleza, o Santos deverá ter um reforço importantíssimo na luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Marinho, recuperado de dores musculares, voltou a treinar normalmente.
Mas será que isso é o suficiente para acreditar em um time mais competitivo do que foi na derrota para o Corinthians, no último domingo? Para um dos maiores ídolos da história do Peixe, não!
Jonas Eduardo Américo, o ex-ponta esquerda Edu, vestiu por dez anos (1966 a 1976) a mesma camisa 11 que hoje é de Marinho. E acredita que é necessário mais do que a presença do atacante para que o Peixe volte a vencer. É preciso mudar a postura tática da equipe.
Para ele, uma coisa está ligada à outra. Marinho não rende como antes porque o time joga muito atrás. "Toda hora ele tem que voltar pra marcar, fazer isso e aquilo. Ele precisa jogar mais solto. Aí, tem um escanteio adversário, vão todos os jogadores pra dentro da área. Tem rebote e a bola vai cair com quem? Com o adversário", avalia Edu.
O ídolo pede mais ofensividade e organização para que o Santos consiga atacar em bloco. "Tem de ter movimentação. Infelizmente, o Santos não chega com muitos jogadores ao ataque. Chega com dois quase sempre. Tem de chegar com 3 ou 4! Todos os times fazem isso", afirma.
Edu até reconhece que o atacante não está em boa fase nesta temporada, ainda mais se comparar seu desempenho atual com o que fez na temporada passada, quando foi eleito o Rei da América e foi fundamental para o Santos chegar à final da Libertadores.
Porém, ressalta que teve outro problema que o atrapalhou: o desmanche do time de 2020. "É difícil para o Marinho porque, quando ele teve uma performance brilhante e foi o melhor da América, o Santos estava com um time legal, completinho. Depois, venderam vários jogadores e as peças que repuseram não foram no mesmo nível", avalia Edu.
Por que Marinho ainda é importante, mesmo em fase irregular?
O desempenho de Marinho nesta temporada não é nem sombra do que foi no ano passado. Mas, quando se olha para a situação do Santos no Brasileirão e os números com e sem o atacante em campo, não há dúvidas de que sua presença ainda é importante.
O jogador participou de 24 jogos na competição, marcou 6 gols e fez uma assistência. Com ele em campo, o aproveitamento de pontos do Peixe é baixo, 43% (8 vitórias, 7 empates e 9 derrotas). Mas sem Marinho esse índice cai para um patamar de time rebaixado, somente 36% (2 vitórias, 5 empates e 3 derrotas).
"O Marinho vai ser útil sempre nesse time porque o adversário se preocupa com ele. Sabe que a qualquer momento ele pode fazer uma jogada, que bate muito bem na bola. E nós esperamos que ele assuma essa responsabilidade também. Mas ela não é só dele. Os outros precisam ajudar. Eu joguei com o Pelé e sabíamos do que era capaz, mas ele precisava de ajuda. Se ele precisava de ajuda, imagina o Marinho", concluiu o ex-ponta Edu.
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