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Eleito 4º maior driblador do mundo, atacante do Ceará "aprendeu no Santos"

Erick, do Ceará, carrega a bola contra o Fluminense - Divulgação/Ceará SC
Erick, do Ceará, carrega a bola contra o Fluminense Imagem: Divulgação/Ceará SC

Eder Traskini

Do UOL, em Santos (SP)

25/11/2021 04h00

Neymar, Messi, Cristiano Ronaldo e Mbappé podem ser os quatro maiores jogadores de futebol do mundo, mas nenhum deles driblou tanto na temporada quanto Erick, atacante de 23 anos do Ceará. É isso que diz o estudo realizado pelo CIES Football Observatory.

A lista é encabeçada pelo espanhol Adama Traoré, do Wolverhampton (Inglaterra), e traz o brasileiro na quarta colocação, atrás ainda de Nahuel Luján, da La U (CHI), e de Chidera Ejuke, do CSKA (RUS). O próximo brasileiro na lista é Neymar, apenas na 25ª colocação.

O CIES levou em conta dois critérios principais para definir o ranking: o número de dribles tentados e a porcentagem de sucesso. A classificação mostra no topo da tabela aquele atleta que acertou, em média, mais dribles num período de 100 minutos.

Adama soma 11,2 contra 9,68 de Luján, 9,29 de Ejuke e 8,32 de Erick. Neymar tem 6,28 dribles certos a cada 100 minutos jogados. Revelado pelo Náutico, o atacante comemorou o reconhecimento.

"Fiquei feliz quando vi esta publicação. Eu realmente busco o drible para chegar ao gol adversário. Claro que o mais importante é o gol. Mas o drible também faz parte do futebol e eu fico feliz por conseguir usar esse recurso de maneira positiva", disse Erick ao UOL Esporte.

Erick começou a carreira futebolística na base do Santos. Ele acabou dispensado do Peixe, mas revela que a passagem deixou marcas permanentes em seu futebol.

"O Santos foi o meu primeiro clube, cheguei aos 16 anos de idade. Fiquei encantado com tudo o que vivi por lá. Se possuo as características de drible, de ir pra cima do adversário, é porque aprendi no Santos. Está no DNA dos Meninos da Vila. Na época, fiquei triste quando saí. Houve uma mudança de diretoria e fui liberado com outros atletas", afirmou.

Erick se transferiu para a base do Náutico e chegou a ter uma passagem pelo Cruzeiro antes de retornar ao time pernambucano e ser adquirido pelo Braga (POR).

O atacante atuou mais pela equipe B e acabou emprestado ao Vitória por duas temporadas. Ele disputou o Brasileirão pelo time baiano em 2018, quando o Leão acabou rebaixado. Erick chegou a voltar a Portugal para jogar no Gil Vicente, mas retornou ao Brasil em 2020, de volta ao Náutico.

Pela equipe pernambucana, encontrou novamente seu melhor futebol e marcou 14 gols em 69 partidas. Neste ano, conquistou o estadual com o clube capibaribe e fazia boa Série B até ser adquirido pelo Ceará. Pelo Vozão ainda busca espaço, mas foi titular em seis dos últimos sete jogos em que esteve disponível. Perdeu as últimas três rodadas do Brasileirão com um edema na coxa.