Torcida do SPFC vai do êxtase às vaias após criar clima de final no Morumbi
Os arredores do Morumbi davam o tom do que seria a partida do São Paulo contra o Athletico. Centenas de torcedores se aglomeraram para esperar o ônibus da equipe descer a avenida Giovanni Gronchi rumo ao estádio. Bandeiras tremulavam, rojões explodiam pelo ar e sinalizadores completavam o clima de final de campeonato.
O que estava em jogo ali, contudo, nem de longe era um título. O São Paulo ainda vive uma situação de preocupação contra o rebaixamento. Vencer o Athletico dentro de casa significava respirar e começar a sonhar com dias melhores na próxima temporada.
Em uma medida para fortalecer o clube na luta contra o rebaixamento, a diretoria reduziu o preço dos ingressos para tentar lotar o Morumbi. Deu certo. Com entradas a R$ 20, o estádio registrou seu segundo maior público desde a volta da torcida: 43.491 pessoas compareceram às arquibancadas.
O apoio que se iniciou na rua foi levado para dentro do Morumbi. Antes de a bola rolar, cantos apaixonados e provocações aos rivais ecoavam por todo o estádio. Conforme a bola foi rolando, o sentimento foi mudando..
O São Paulo dominava a partida, mas não conseguia marcar. Foram quatro chances claras nos primeiros 11 minutos de jogo. A torcida que se esgoelava nas arquibancadas começava a ficar impaciente. Os erros de passe eram cada vez menos tolerados e a arbitragem de Leandro Pedro Vuaden aparecia como o alvo perfeito para soltar toda a apreensão presa em cada torcedor presente.
Quando o árbitro apitou o fim da partida e o empate sem gols foi confirmado, o apoio cessou por alguns segundos. Uma sonora vaia ecoou pelas arquibancadas seguidas de novos cânticos de apoio. Era a torcida dando uma espécie de recado: estamos com vocês, mas não estamos gostando do que está acontecendo.
Na entrevista coletiva depois do jogo, foi Rogério Ceni que deu outro recado. Ao pedir o apoio da torcida no sábado (27), quando a equipe enfrenta o Sport mais uma vez em casa, o treinador explanou uma opinião pessimista sobre o futuro do clube.
"Acho que está na hora de todo mundo entender a realidade do clube, a realidade que o clube está passando nesse momento. Vai ser um final de ano difícil e, acredito eu, anos difíceis para o São Paulo. Com qualquer profissional e diretoria que estejam aqui. As dificuldades existem, têm que ser explicadas para o torcedor, porque ele vai ter que ajudar, vai ter que ser paciente, vai ter que ajudar muito o São Paulo nesse momento", disse.
O empate com o Athletico mantém o sinal amarelo aceso pelos lados do Morumbi. A equipe soma 42 pontos, apenas cinco a mais que o Bahia, primeiro time na zona de rebaixamento e que tem uma partida a mais para fazer.
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