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Libertadores - 2021

OPINIÃO

André Rocha: 'Acredito que o Flamengo tente fazer um início avassalador'

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

26/11/2021 18h24

Palmeiras e Flamengo se encaram na tarde de amanhã (27), em Montevidéu, para fazer a final da Libertadores. Um dos assuntos que envolvem a final é também o duelo entre o português Abel Ferreira, comandante do Verdão, e Renato Gaúcho, treinador do Rubro-Negro.

Na Live UOL Esporte Especial, transmitida pelo UOL Esporte na véspera da decisão, os colunistas Danilo Lavieri, Alicia Klein, Renato Maurício Prado e André Rocha fizeram uma prévia do duelo.

Logo no começo, ao falar sobre estratégias, André Rocha indicou acreditar que o time da Gávea vai manter a postura que demonstrou nas últimas partidas, de pressionar o adversário nos primeiros minutos da partida.

"Acredito que o Flamengo vai tentar fazer um início avassalador, como fez contra o São Paulo e contra o Internacional. Não consigo imaginar o time de outra forma. A menos que a mosquinha que picou o Cuca pique o Renato também. O Cuco chegou à final com o Santos com um time ofensivo, na final, ficou com medo do Palmeiras, e se atrapalhou. Mas o Flamengo, até por não ter muito como mexer nesta escalação... O Renato não vai tirar um Arrascaeta, um Bruno Henrique para colocar o Thiago Maia, né? Então, não vai ter essa surpresa. Se a escalação não vai ter surpresa, a proposta de jogo também não deve ter: é o Flamengo no campo de ataque, tentando pressionar, e tentando abrir vantagem justamente para colocar o Palmeiras em uma situação desconfortável, de correr atrás do resultado", disse.

Mais à frente, o colunista do UOL Esporte salientou que, talvez, o bom início de jogo do Fla seja necessário para um melhor rendimento ao longo da partida.

"O Flamengo, amanhã, vai estar nos pés dos seus principais jogadores porque se depender do treinador, se depender das substituições do segundo tempo... Por isso que eu digo que eu acho que o Flamengo tem de entrar para atropelar, para se garantir, porque na hora que o Renato tiver de ter a intervenção do jogo, é nessa hora que o Flamengo pode perder a taça Libertadores", avaliou.

Após a fala de André, Renato Maurício Prado perguntou aos companheiros de bancada se era consenso que Abel Ferreira era um técnico melhor que Renato Gaúcho.

"Não tenho dúvida. Até se olhar a capacidade de variar o elenco, e que ele não tem essas mesmas estrelas. Como o André falou, ele fica muito nos pés do talento individual, acho que não tem dúvida que o Abel tem mais recursos. E não à toa, né, gente? Porque o Abel estuda, e o Renato já deixou claro em algumas ocasiões que esse não é o foco dele como treinador. O Abel é um cara que se dedica muito, acho que é um treinador que tem mais recursos", afirmou Alicia Klein.

Danilo Lavieri esteve de acordo, salientando também a questão do elenco à disposição. "Concordo. Renato é um treinador que gosta de colocar a banca dele, né? Chega para o Gabigol: 'Você fez o gol, mas não sabe fazer gol como eu fazia', no Michael: 'Faz isso igual eu fazia'. Gosta de contar as histórias deles. É um pouco maldoso, mas dizem que é o animador do vestiário. Acho que vai além disso, obviamente. Tem algumas estratégias, parte tática, mas acho que, na avaliação geral, o Abel é melhor que ele, também por isso, por achar que o Renato tem peças melhores".

Renato Maurício Prado, por outro lado, fez elogios ao grupo do Verdão. "Acho que os palmeirenses reclamam de barriga cheia, falando sério. O elenco do Palmeiras é bom. Pode não ter super estrelas, como o Flamengo tem, Arrascaeta, Gabigol, Bruno Henrique, mas ele, talvez, seja até mais equilibrado que o do Flamengo. Talvez não, em minha opinião, é mais equilibrado".

"O que o André falou, de ter de fazer substituições. O Renato olha para o banco e tem poucas opções para mexer no time. Michael, Pedro... O banco do Palmeiras tem mais possibilidades de alterar a maneira de jogar", completou.

Lavieri concordou, mas fez ponderações. "Acho que a grande diferença, Renato... Concordo com a sua análise, mas o nível dos titulares do Flamengo, especialmente do meio para frente, é muito mais alto que o do Palmeiras. Então, na hora de substituir é mais difícil de conseguir igualar".