Em ano sem taça, luta contra rebaixamentos promove Meninos da Vila
Ser formado na base do Santos costuma ser bem diferente do que crescer dentro de outros clubes grandes do Brasil. Não é todo Menino da Vila que surge como joia a ser lapidada ou como craque. Mas todos eles carregam uma credencial que dá o direito de entrar no coração do torcedor. E ninguém, nenhum santista, deixa de abraçar uma cria da casa. Seja na hora da alegria ou do sofrimento.
Nesta temporada, mais uma vez, a molecada está fazendo a diferença em momentos cruciais. Como tem sido ao longo dos anos, desde a Era Pelé. Se a lista de títulos do Santos carrega a marca dos Meninos da Vila, pode-se dizer que em 2021 o heroísmo deles agora evita o maior vexame da história do clube.
Pela segunda vez no ano, o Santos caminha forte para se salvar de um rebaixamento. Primeiro foi no Campeonato Paulista, quando se salvou somente na última rodada, ao vencer o São Bento, na Vila Belmiro, por 2 a 0.
Ontem, de novo no conforto de sua casa, deu um passo enorme para evitar a queda para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro ao bater o Fortaleza, também por 2 a 0 - o time chegou aos 45 pontos, na 11ª posição. Em comum, esses dois jogos apresentaram uma forte pressão sobre os jogadores, uma grande dificuldade diante dos rivais e os mesmos heróis: os Meninos da Vila.
Embora o Santos tenha nomes de peso no elenco, como Sanchez e Marinho, foram as crias da base que deram alívio à torcida na luta contra os dois rebaixamentos. No Estadual, Lucas Braga e Kaio Jorge marcaram os gols e comandaram a vitória contra o time de Sorocaba. O Brasileirão, foi a vez de Marcos Leonardo anotar os dois tentos do trinfo contra os cearenses.
Carinho e confiança da torcida
Essas duas histórias passam primordialmente pela confiança e carinho do torcedor santista com os pratas da casa. No caso desta quinta-feira, por exemplo, Marcos Leonardo teve a importante ajuda de Gabriel Pirani.
E, novamente, quando os veteranos não conseguiram dar o retorno, a luz de esperança do torcedor veio dos meninos.
Esse fenômeno já impressiona o técnico Fábio Carille. Formado como treinador dentro do Corinthians, ele reconhece a maturidade da molecada e fica satisfeito com o apoio da torcida a esses garotos.
Era de Marinho, jogador fundamental durante toda a temporada de 2020, que Carille esperava mais. No entanto, percebeu que o atacante não estava rendendo ainda por conta das dores musculares que o tiraram do jogo contra o Corinthians.
"Ele não estava ajudando naquele momento. Falei para ele que é guerreiro, mas que estava sentindo. E colocamos garotos que treinam bem e nos dão confiança", relatou o treinador, antes de reconhecer o valor dos meninos. "Foi um momento tão difícil e os jovens deram uma resposta legal. A atmosfera da Baixada, um lugar que historicamente sempre revelou grandes jogadores, ajuda. E aqui na base temos vários trabalhando com a gente. Me dá mais segurança lançar em casa".
Em observação
Carille já vem observando Marcos Leonardo com bons olhos desde que chegou, mas nem sempre conseguiu contar com o jogador.
"Ele vem treinando bem, mas teve algumas convocações (para a seleção brasileira sub-18). Sou um pouco inseguro em colocar meninos em momento desse, confesso. Sei do talento dele e do Ângelo e do Kaiky, mas o negócio é pesado e vem o medo de queimar. Mas hoje (quinta-feira) me senti à vontade na opção de colocar o Marcos", concluiu o técnico, certamente feliz com sua surpreendente dose de ousadia.
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