Técnico da base relembra brilho precoce e medo de avião do jovem Arrascaeta
Hoje consagrado no Flamengo, Arrascaeta, assim como todo garoto que sonha em jogar futebol, teve de encarar desafios até atingir o status de um grande jogador.
Natural da pequena Nueva Berlín, cidade localizada a 320 quilômetros de Montevidéu, o jovem meia fez as malas para tentar a sorte na cidade grande e encontrou um refúgio no Defensor, clube da capital que joga à sombra dos grandes Peñarol e Nacional.
Ao chegar no "Violeta", o meia encontrou o técnico Gerardo Miranda, ex-jogador que é uma lenda viva do clube. Miranda relembra os primeiros passos do jogador do Fla e revive a trajetória do meia em seu país. Do brilho técnico mostrado desde de o início à afirmação, Miranda não esconde o orgulho pelo pupilo.
"Giorgian chegou com 15 anos ou 16 anos ao clube. Quando ele chegou, eu estava como treinador da linha ofensiva e já se via que tinha uma técnica muito boa, melhor que os outros, mas com físico não tão bom. Tinha muita capacidade técnica, controle de bola e já sabíamos que teria um tempo de adaptação ao futebol da capital. Jogava pouco no princípio, mas começou a jogar no sub-17. Jogou torneios muito bons e depois foi para a base da seleção", disse Miranda ao UOL Esporte.
"Aí jogamos a primeira divisão e a Libertadores de 2014 com o Defensor, eu era assistente técnico. Chegamos na semifinal esse ano, mas ele teve um problema no joelho e isso prejudicou um pouco. Se ele estivesse na sua plenitude, a gente teria chegado na final. Depois, ele foi para o Cruzeiro e se torna um jogador classe A", afirmou.
Para brilhar no continente sul-americano e se firmar como um dos grandes em seu país, Arrascaeta teve de lidar com uma barreira: o receio em viajar de avião. O ex-treinador se diverte ao lembrar de um episódio em um voo pela Libertadores e contou que o rubro-negro precisava recorrer a um truque para se acalmar:
"Em 2014, me recordo muito que não gostava de viajar no avião. Estávamos em um aeroporto para voltar para Montevidéu, o voo demorou e ele já tinha tomado alguma coisa para dormir. Estávamos esperando na fila e ele dormiu sentado".
Recuperado de uma lesão na coxa, o meia é uma das grandes armas do time de Renato Gaúcho para encarar no sábado (27) o Palmeiras, às 17h, no Centenário, pela decisão da Libertadores. Principal cérebro da equipe, o atleta foi preparado com cuidado redobrado para brilhar no palco principal de seu país.
"Sempre é importante e nos alegra ver que jogadores que dirigimos voltem aqui e joguem uma final de Libertadores. Sempre que podemos nós assistimos a ele, pois é um orgulho saber que contribuímos na formação de um jogador que joga em uma das equipes mais importantes no mundo. Quando chegou ao Brasil, imaginamos que seria um dos maiores nomes. Sabíamos que ele podia se adaptar. É um dos melhores estrangeiros que joga no Brasil. Além das assistências, ele passou a agregar os gols, o que é muito importante para jogadores de sua posição. Tivemos ele desde os 15 anos e sempre é bom que os meninos que saiam cresçam dessa maneira", festejou Miranda.
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